30 nov

Plano de Mobilidade Urbana pode ser aprovado na CMM em 18 dias

Com previsão de investimentos estimados em R$ 2,6 bilhões, o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob-Manaus) é considerado por especialistas em engenharia de trânsito um projeto de alta complexidade e grandiosidade. O projeto já começou a tramitar na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e a meta da Comissão Especial que analisa o projeto é aprová-lo dentro de 18 dias.
Dividido em dois volumes de 442 páginas, o Planmob-Manaus contempla o alargamento e a duplicação das principais vias da capital, pretende adotar o sistema BRT (Bus Rapid Transit), prevê a ampliação e construção de novos terminais de integração, a construção de corredores preferenciais, novos pontos de embarques e desembarques de passageiros e ciclovias, desde a implantação do estacionamento do bicicletário até a construção das próprias vias exclusivas.

Entretanto, com toda essa “dimensão”, surgiu a dúvida entre especialista e engenheiros de trânsito consultados pela reportagem sobre o valor estimado pela Prefeitura de Manaus para a implantação do projeto.

Para o ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-AM), o engenheiro civil Marco Aurélio de Mendonça, o PlanMob elaborado pela prefeitura não condiz ao valor de investimento de R$ 2,6 bilhões. Segundo o diretor administrativo do conselho, que representa o Crea-AM nas discussões do Plano na Câmara, apesar da dimensão do projeto, possivelmente os recursos para a concretização sejam empecilhos maiores, tanto pela crise econômica que o país enfrenta quanto pelo valor que será destinado para sua construção.

“Esse valor não corresponde nem à quantia que deverá ser aplicado em desapropriação. Talvez o maior custo seja pela desapropriação, pois o projeto prevê alargamento de vias importantes. Na estrada dos Franceses está prevista a duplicação. Dessa forma, quantos imóveis não serão atingidos para que isso aconteça?”, questionou Marco Aurélio.

Procurado pela reportagem, o prefeito Arthur Neto (PSDB) reconhece que os valoresprevistos na minuta do PlanMob são uma estimativa e que poderá, sim, faltar recursos. Segundo ele, para o grande sucesso do projeto, a prefeitura vai depender da colaboração do governo federal.

Prazo curto

Marco Aurélio conta que outras audiências públicas já haviam acontecido para tratar sobre o Plano de Mobilidade Urbana. Entretanto, a estrutura do plano em si não havia sido debatida, uma vez que o projeto foi entregue há pouco tempo o que inviabilizou o acesso. A oposição da Câmara também critica o pouco tempo para análise e votação da matéria, prevista para entrar em pauta no plenário no dia 18 de dezembro.

Conforme o engenheiro, os próprios vereadores reclamaram durante audiência pública que aconteceu na sede da CMM, na tarde da última quarta-feira durante a apresentação do Plano pelo superintendente da SMTU, Pedro Carvalho, sobre a falta do projeto.

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Discordando do engenheiro, Arthur Neto explicou que o projeto foi elaborado em meio a muitas discussões e consultas técnicas e que agora o que é primordial é dar celeridade para aprovação e implantação do Plano de Mobilidade Urbana.

Entretanto, o engenheiro Marco Aurélio explica que o projeto é de uma engenharia complexa e que precisava ser debatido com um maior tempo. Segundo ele, o PlanMob será um processo de sobrevivência para a cidade de Manaus e se o poder público não tiver o cuidado de seguir o que o plano estabelece, Manaus pode parar, uma vez que o número de veículos não diminui e que as dificuldades no transporte de massa continuam aumentando cada vez mais.

Atraso

Ao ser questionado sobre Manaus andar na contramão de outras capitais brasileiras que já dispõem de um Plano de Mobilidade, Arthur Neto explica que a cidade não está completamente atrasada quando se fala em mobilidade urbana e que outras capitais tiveram investimentos federais maiores, como o Rio de Janeiro e São Paulo, isso devido a estas regiões terem sido sedes da Copa 2014 e também das Olimpíadas.

Para o líder do prefeito na CMM, vereador Elias Emanuel (PSDB), das 27 capitais brasileiras apenas nove tem o Plano de Mobilidade e Manaus precisava de um estudo detalhado e de um projeto abrangente que pensasse bem os próximos 25 anos da cidade. Ele afirma que não deu para cumprir o prazo que era em abril, mas que a prefeitura pretende vencer esse debate ainda em 2015.

“O PlanMob é uma necessidade não apenas de Manaus, mas do país como um todo. Ele obedece a preceitos do Plano Diretor de 2014 e também da Lei de Política Nacional da Mobilidade Urbana, a lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. A cidade tem que planejar o seu futuro e ver o que quer em relação ao modal do transporte coletivo, qualificar as suas calçadas, estabelecer um critério de respeito e construção de ciclovias e também, temos que perceber que essa é uma capital com 2,3 milhões de habitantes, mas que tem uma frota de veículos partículas com quase de 700 mil carros. Se não abrimos novas vias, a cidade para em pouco tempo”, disse Elias.

O vereador explicou que a Faixa Azul é o primeiro passo para o BRT, que por meio de estudos foi constatado que onde o transporte coletivo trafega em faixa exclusiva, avelocidade do ônibus aumenta 60%, com isso, a satisfação do passageiro será maior.

Por Henderson Martins

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