6 abr

Prefeitura prorroga prazo para entrega de laudo da estrutura do monotrilho de Poços de Caldas, MG

A Prefeitura de Poços de Caldas prorrogou o prazo para entrega de um laudo sobre a estrutura do monotrilho da cidade. O documento deveria ser finalizado por uma empresa terceirizada até esta sexta-feira (5). A data, entretanto, foi prorrogada por 45 dias.

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O laudo vai trazer um estudo técnico sobre a estrutura do monotrilho, destacando se ela pode ser reaproveitada ou demolida. Toda estrutura possui 4,3 quilômetros e levaria o monotrilho do terminal de linhas urbanas no Centro da cidade até a rodoviária.

“Esse laudo pode concluir pela demolição ou pela recuperação [da estrutura]. A recuperação, evidentemente, dentro de um custo de ações que serão previstas nos projetos de recuperação. E a demolição, tem custos também. Isso vai ser objeto desse laudo. Vai ter que sair uma conclusão definitiva para essa estrutura. O laudo tem o valor de R$ 144 mil e não foi aditivado [não teve valor aumentado devido à prorrogação do prazo]”, explicou o engenheiro da secretaria de obras de Poços de Caldas, Paulo Milton.

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O engenheiro destacou que o prazo foi aumentado por conta de consequências da chuva, que impediram a utilização dos equipamentos necessários pela empresa terceirizada.

“Esse prazo foi dilatado devido a consequências de chuvas, pois os aparelhos que vêm fazer os ensaios são muito sensíveis não podendo ter humidade e nem chuva. Então, só vai ser possível fazer a totalidade dos ensaios previstos dentro desse prazo já dilatado”, disse.

“São vários ensaios. Usa-se principalmente equipamentos, que também são utilizados em pessoas, como raio-X, ultrassom. Tudo isso para conhecer a estrutura e fazer com que a estrutura seja conhecida pelos técnicos que vão elaborar esse laudo conclusivo, para que a gente possa saber a condição de aproveitamento ou a condição de não aproveitamento”, completou.

O monotrilho

Estacionado há mais de duas décadas após a estreia, o monotrilho foi inaugurado como uma promessa de transformação da mobilidade urbana em Poços de Caldas.

Da concepção, em 1981, até os dias atuais, a iniciativa já enfrentou uma série de desafios que tem dificultado a reativação e ainda colocam em questão a viabilidade do “trem futurístico”.

Comparado com o trem da Disney, imaginado como uma pista de caminhada elevada e até sonhado como um meio de transporte turístico, o monotrilho parecia uma solução inovadora.

Os testes com passageiros começaram nos anos 2000. Após a inauguração oficial, o trem descarrilou em uma curva e 19 pessoas precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros.

O monotrilho funcionou poucas vezes até que foi suspenso definitivamente em 2003, quando duas pilastras, que ficam ao longo da Avenida João Pinheiro, caíram e derrubaram cerca de 50 metros da estrutura.

Um dos últimos capítulos da “novela”, antes do novo laudo, foi em 2019, quando a empresa responsável pelo projeto, J. Ferreira Ltda, abdicou do contrato de concessão do monotrilho, entregando a obra nas mãos da Prefeitura de Poços de Caldas.

Desde então, a administração municipal solicitou avaliações técnicas para entender a viabilidade e as condições da estrutura, e também tem procurado por empresas com especialidade para tocar o projeto.

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