27 ago

Eleições 2024: Conheça as propostas de governo dos candidatos às prefeituras de Araraquara e São Carlos

O g1 fez um breve resumo das propostas apresentadas pelos candidatos a prefeito das cidades de Araraquara e São Carlos (SP), presentes nos seus planos de governo.

Foram destacadas 10 ideias de cada candidato. A lista está em ordem alfabética de acordo com o nome do candidato apresentado na urna . Confira abaixo:

Araraquara

Araraquara

Doutor Marcos Garrido (PSD)

O seu plano de governo tem 9 páginas.

Entre as propostas para saúde, educação, segurança pública, desenvolvimento social, esporte e lazer, cultura, desenvolvimento econômico, sustentabilidade ambiental, mobilidade urbana, reforma administrativa e habitação, estão:

construção de um hospital especializado em procedimentos médicos de baixa e pequena complexidade;

assegurar merenda escolar de qualidade e com acompanhamento nutricional, para evitar déficits nutritivos e assegurar melhoria na aprendizagem;

ampliação do número de locais com monitoramento por câmeras em tempo real e 24 horas por dia;

cadastrar e monitorar os moradores de rua e pessoas em situação de rua, proporcionando aos mesmos atendimentos com acesso aos serviços sociais como bolsa-família e cursos e capacitação educação e profissional, proporcionando serviços de retirada ou 2ª via de documentos pessoais e profissionais;

implantar novas academias ao ar livre em diversos pontos, com manutenção preventiva e corretiva e criação de programas para prática de atividades físicas regulares nesses locais sob a supervisão de um profissional de educação física;

valorização dos artistas locais com criação e atualização de banco de dados e suporte para acesso a incentivos governamentais e produção de projetos para essa finalidade;

criação de programas para incentivo ao empreendedorismo e inovação;

criação de programa de prevenção de desastres naturais e ações de contingenciamento para minimização de impactos de eventos imprevisíveis das forças da natureza;

exigência de que todos os veículos possuam rampa para acesso de cadeirantes;

criação de Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS), com estudo de impacto nas áreas de construção de moradias populares, entorno e adjacências na infraestrutura e mobilidade urbanas, impacto ambiental, impacto socioeconômico e nos serviços públicos existentes em referidas áreas (saúde, educação, assistência social, lazer, segurança).

Para conferir o plano completo, clique aqui.

Dr. Lapena (PL)

O seu plano de governo tem 11 páginas.

Entre as propostas para gestão administrativa fiscal, saúde, educação, segurança pública, desenvolvimento social, mobilidade urbana, desenvolvimento econômico, ciência, tecnologia e inovação, meio ambiente, agricultura e esporte e cultura, estão:

reforma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs): melhorar infraestrutura e operações;

criação de creches noturnas em parcerias público-privadas;

combate à criminalidade com sistemas de inteligência e monitoramento;

ampliação do atendimento do restaurante popular itinerante nos bairros com a população mais vulnerável;

implantação de semáforos inteligentes com sonoridade para inclusão social;

incentivar micro e pequenos empreendedores, bem como, simplificar abertura de empresas e incentivar a participação popular;

promover o ecossistema de inovação;

levar solução efetiva para problemas de falta d’água;

tornar Araraquara um polo esportivo;

revitalizar a Facira e organizar feiras do agronegócio.

Para conferir o plano completo, acesse aqui.

Eliana Honain (PT)

O seu plano de governo tem 14 páginas.

Entre as propostas para desenvolvimento econômico e social, saúde, educação, segurança, esporte, cultura, diversidade, geração de emprego e renda, mobilidade urbana, bem-estar animal e meio ambiente, estão:

ampliar a cobertura da Atenção Básica para 100% do município;

fortalecer a política de apoio, orientação e reinserção social dos egressos do sistema prisional;

garantir o acesso e a permanência de 100% de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos nas etapas e modalidades de educação básica da rede municipal;

incrementar gradualmente o orçamento municipal destinado à cultura;

fomento do campeonato feminino amador;

implementar a Patrulha Maria da Penha por meio do uso crescente da tecnologia em políticas públicas de segurança pública;

aderir ao Programa Nacional da Saúde da População Negra e da Saúde da Mulher Negra;

estimular e promover ações para o empreendedorismo LGBTQIA+, qualificando e orientando a população LGBTQIA+ para o trabalho autônomo formal e para o trabalho coletivo, através de políticas públicas de economia social e solidária;

ampliar programa com foco na geração de renda e profissionalização para jovens de 18 a 24 anos com atividade laboral e curso profissionalizante, através de parcerias com SENAC, CIEE, CEPROESC;

fortalecer a Guarda Municipal ampliando seu efetivo e condições infraestruturais de trabalho com foco no trabalho comunitário e preventivo.

Para conferir o plano completo, acesse aqui.

Pedro Tedde (Novo)

O seu plano de governo tem 12 páginas.

Entre as propostas para saúde, educação, segurança, esporte, turismo, assistência social, esporte, cultura, turismo, meio ambiente, mobilidade urbana e geração de emprego, estão:

ampliar o Programa de Saúde da Família, visando à prevenção de doenças;

implementar metodologias de ensino inovadoras e comprovadamente eficazes para criar ambientes escolares motivadores e alinhados com as necessidades do mundo moderno;

trabalhar de forma integrada com as forças de segurança, com o objetivo de identificar e combater os receptadores, com objetivo de prevenir e reduzir os crimes de roubo e furto de fios, cabos elétricos, peças de veículos, dentre outros;

realizar o “Simplifica Araraquara”, um mutirão de desburocratização, com ação conjunta da Prefeitura, Câmara de Vereadores, Ministério Público e o Poder Judiciário para simplificar a vida de quem quer empreender e trabalhar;

reavaliar a quantidade de semáforos existentes na cidade, avaliando o impacto no tempo de deslocamento dos cidadãos;

implementar políticas de uso eficiente da água, incluindo a instalação de sistemas de captação de água da chuva em prédios públicos;

ampliar os programas de segurança alimentar;

trabalhar para atrair eventos esportivos para a cidade;

incentivar a criação de associações culturais formais, com capacidade para atrair patrocínios e outras verbas privadas;

criar e desenvolver um roteiro turístico integrado que valorize tanto o patrimônio material quanto o imaterial da cidade.

Para ver o plano de governo completo, acesse aqui.

Tiago Pires (PCO)

O seu plano de governo tem 6 páginas.

Entre as propostas para dívida pública, transporte, saneamento básico, moradia, emprego e renda, mobilidade urbana, assistência social, saúde e lazer, estão:

não pagar mais nenhum centavo para os bancos e garantir que o orçamento possa ser investido no desenvolvimento do país e em programas sociais;

estatização do sistema de transporte. A empresa deve garantir que todo o sistema seja integrado e que seja gratuito para toda a população.

os fornecimentos de água e eletricidade e o sistema de esgoto devem ser todos geridos por empresas estatais;

moradia para todos;

a prefeitura deve lançar um programa gigantesco de obras públicas e, com ele, deve focar na criação de muitos empregos;

diminuição do IPTU;

fim das multas. Os problemas de trânsito se resolvem com maior organização da malha urbana e mais transporte público;

criar um programa de subsídio dos alimentos para garantir que qualquer trabalhador tenha a capacidade de comprar suas necessidades básicas;

todo o espaço público urbano deve ser propriedade do município e deve ser colocado a serviço da população;

o serviço de saúde pública deve ser completamente estatal.

Para ver o plano completo, clique aqui.

LEIA MAIS:

São Carlos

São Carlos

Mário Casale (Novo)

O seu plano de governo tem 48 páginas.

Entre as propostas para desenvolvimento humano e social, gestão pública e bem-estar, sustentabilidade e desenvolvimento econômico, estão:

estruturar programas de formação contínua para qualificar professores e toda a equipe educacional na nova metodologia de ensino;

estimular a economia criativa e o empreendedorismo cultural, oferecendo apoio financeiro e técnico para projetos que gerem impacto econômico e social na comunidade;

desenvolver uma plataforma digital para facilitar a busca e matrícula em atividades esportivas municipais como aulas, treinamentos e eventos, tornando o acesso mais fácil e com transparência em possíveis filas;

ampliar as vagas em abrigos de idosos seja com pagamento integral pela prefeitura ou subsidiado;

promover a empatia, a compreensão e o respeito ao que é diferente desde a educação infantil;

aumentar a quantidade de médicos especialistas disponíveis compatíveis com as necessidades apresentadas;

aumentar drasticamente a quantidade de câmeras de vigilância em locais públicos estratégicos;

investir em programas de formação técnica e profissionalizante focados nas necessidades do setor de tecnologia e de acordo com a demanda do município;

implementar obras para conter a água da chuva dentro de sua bacia 44 hidrográfica, prevenindo o escoamento excessivo e a formação de enchentes;

estabelecer coleta seletiva de 100% de resíduos sólidos na cidade de São Carlos.

Para ver o plano de governo completo, acesse aqui.

Netto Donato (PP)

O seu plano de governo tem 53 páginas.

Entre as propostas divididas nos pilares social, economia e urbanismo, estão:

programa de Renda Cidadã voltado a dar auxílio finaneiro a cidadãos em situação de vulnerabilidade socioeconômica;

projeto Lazer na Estação que tem como objetivo transformar a Estação Ferroviária em um centro de atividades culturais, de lazer e de convivência para a comunidade;

implementação de uma feira anual voltada para o setor agropecuário, com ênfase na inovação e tecnologia;

oferecer moradia adequada a todas as famílias, utilizando terrenos públicos e parcerias privadas;

programa “Uso Racional da Água” (PURA) para conscientizar e incentivar práticas eficientes de uso da água, promovendo a sustentabilidade e evitando desperdícios;

implementação de unidades móveis para levar serviços de emprego e qualificação a diversas regiões do município, facilitando o acesso aos serviços de emprego e qualificação profissional;

fortalecimento do ecossistema empreendedor por meio de programas e incentivos que apoiam os negócios já existentes e auxiliam no surgimento de novas ideias e startups em São Carlos.

construção de dois ginásios poliesportivos, nas regiões Sul e Leste da cidade;

novas unidades de saúde, telemedicina e horário estendido de atendimento;

implementar a Tarifa Zero nos finais de semana em São Carlos para ampliar a acessibilidade ao transporte público.

Para conhecer o plano de governo completo, acesse aqui.

Newton Lima (PT)

O seu plano de governo tem 53 páginas.

Entre as ideias propostas nas áreas da administração pública, desenvolvimento econômico, educação, sustentabilidade, inovação, emprego e renda, cidadania, entre outras, estão:

construção do Centro Cultural São Carlos como espaço multifuncional para diversas atividades culturais acessíveis a todos os segmentos da sociedade;

criação do Observatório do Emprego, em parceria com as universidades;

articular e integrar as feiras da agricultura familiar com os grupos de economia solidária e economia popular, criando um programa unificado de feiras e oferecendo alimentos, produtos e serviços de qualidade e preços acessíveis;

ampliar o atendimento de Tempo Integral na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, conforme previsto no PME;

aumentar o número de cirurgias eletivas, visando diminuir drasticamente as filas de espera;

implantação de novos leitos de Saúde Mental nos dois hospitais públicos da cidade;

estabelecimento de um fluxo de atendimento a mulheres vítimas de violência que evite a sua revitimização e constrangimento;

implementar o programa Patrulha Pet, que envolve a formação de uma patrulha da Guarda Municipal, em conjunto com os fiscais da Defesa Animal, para investigar denúncias de maus-tratos;

implementação da Política Municipal de Arborização Urbana, com inventário e amplo programa de plantio em áreas públicas;

melhoria e ampliação do sistema de alerta de enchentes e prevenção de riscos da Defesa Civil, incorporando resiliência no planejamento e na gestão da cidade.

Para conhecer o plano completo, acesse aqui.

Veja os vídeos da EPTV Central:

26 ago

Na hora do voto, vá de bicicleta

» Laura Magalhães*

O desenvolvimento da bicicleta como meio de transporte remonta ao fim do século 19, e foi a invenção que revolucionou o modo como a sociedade se locomovia. Baixo custo de aquisição, praticidade e conforto eram seus principais atrativos. As classes com menor poder aquisitivo foram as mais beneficiadas. Hoje, ela se tornou sinônimo de sustentabilidade.

É inegável que a bicicleta representa um meio de transporte essencial para promover a mobilidade sustentável e segura nas nossas cidades. Combina as vantagens de um veículo privado, como velocidade, liberdade e versatilidade, com as vantagens sociais, econômicas e ambientais do transporte público. É adequado para praticamente todas as idades, tem um custo muito acessível e não consome combustíveis fósseis, nem polui ou faz barulho.

Além disso, o ciclismo melhora a saúde das pessoas que o utilizam. Os benefícios são inúmeros, como aumento da força muscular, melhora da qualidade do sono e do condicionamento e redução do colesterol e triglicérides, além de elevação do bem-estar e de ganhos para a saúde mental.

A bicicleta como meio de transporte inclusivo e acessível requer uma abordagem abrangente que considere as necessidades e capacidades de todas as pessoas. Ao implementar essas estratégias, podemos tornar a bicicleta uma opção viável para a sociedade, contribuindo assim para uma mobilidade urbana mais equitativa, saudável e sustentável.

Em todo o mundo, nos últimos anos, muitas administrações municipais desenvolveram os seus planos estratégicos para o ciclismo, com a criação e melhoria de regulamentos e a implementação de sistemas públicos de bicicletas em muitas cidades.

Na Europa, algumas delas estabeleceram padrões para tornar viável o uso cotidiano de bicicletas por meio de políticas de transporte e utilização do solo, tornando o trajeto mais amigável para a prática de ciclismo, bem como de financiamento significativo para a criação de infraestrutura e promoção da educação pública sobre o uso e a convivência com bicicletas.

Na Espanha, por exemplo, em 2005 foi aprovado o Plano Estratégico de Infraestruturas e Transportes (PEIT), que contém, pela primeira vez, uma secção específica sobre a promoção dos meios não motorizados e a Estratégia de Promoção da Bicicleta. O documento prevê, especialmente, a melhoria da segurança rodoviária para ciclistas e a garantia da intermodalidade bicicleta-transporte público, além da criação de uma rede básica de ciclovias e financiamento às administrações locais, e a necessidade de alterações legislativas e de campanhas promocionais e de sensibilização do Estado.

No Brasil, diversas cidades já implementaram medidas para incentivar o uso de bicicletas como parte de suas políticas públicas de mobilidade sustentável. Essas medidas variam desde a construção de infraestrutura específica, como ciclovias e bicicletários, até programas de compartilhamento de bicicletas. Alguns exemplos de cidades brasileiras que se destacam nessas iniciativas são Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Recife.

Mas é preciso ir além. A opção pela bicicleta atende à necessidade de se repensar a forma de se consumir em prol das questões ambientais, especialmente no combate às alterações climáticas e em favor do bem-estar de todos.

No entanto, uma parte da sociedade ainda é muito dependente do automóvel e, nesse sentido, a nossa sensibilidade coletiva sobre a necessidade de partilhar espaços mais sustentáveis, especialmente urbanos, ainda avança lentamente. É fundamental criar espaços de formação, sensibilização e debate sobre a cidade que queremos ser e ter para o futuro.

Já temos consciência do excesso de poluição e do trânsito e dos seus efeitos nocivos para a nossa saúde e para o planeta. Agora é o momento de conscientizar cada vez mais pessoas sobre como as cidades deveriam ser e como nos movimentamos nelas. No Brasil são 40 milhões de bicicletas circulando, ocupando a quinta posição mundial, segundo o portal Bicycle Guider.

O cidadão brasileiro, portanto, já enxergou que a bicicleta é uma solução de mobilidade sustentável. Que os governantes o ouçam.

*Docente universitária, pesquisadora e consultora internacional em sustentabilidade. Pós-doutoranda em Migrações, Direitos Humanos e Gestão sustentável do Território (Universidade de Granada, Espanha) e doutora em Direito (Universidade Federal Fluminense)

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23 ago

IBGE reconhece 11 municípios do Entorno do DF como Região Metropolitana

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que criou uma nova Região Metropolitana que engloba o Entorno do Distrito Federal. Ao todo, 11 municípios de Goiás integram a lista. A publicação foi feita nesta na terça-feira (20/8).

De acordo com o IBGE, as Regiões Metropolitanas e as Aglomerações Urbanas são recortes instituídos por lei complementar estadual por determinação da Constituição Federal de 1988. O objetivo delas são integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

“A Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal, em Goiás, foi criada, pois não existia anteriormente como recorte legal”, explica o geógrafo Paulo Wagner.

Secretária do Entorno do Distrito Federal (SEDF), pasta do estado de Goiás, Caroline Fleury destacou a importância da medida para a gestão de políticas públicas. “Os municípios na divisa com o DF enfrentam desafios semelhantes em áreas como mobilidade, saúde e segurança pública, todos interligados ao dinamismo de Brasília. O estudo aprofundado dessa região pelo IBGE representa um avanço significativo para um território que era visto como ‘nem Goiás, nem Brasília’ até pouco tempo atrás”, avaliou.

O IBGE determinou que 11 cidades de Goiás integrem a Região Metropolitana do Entorno do DF. São elas:

” aria-label=”Botão para direita” style=”color: black;”>

A atualização divulgada pelo IBGE também incorporou a Região Metropolitana da Grande Pedreiras, no Maranhão, como um dos recortes metropolitanos do estado; e o município de Barcarena, no Pará, foi à Região Metropolitana de Belém (PA).

Ao todo, o Brasil tem 77 regiões metropolitanas. Os estados com maiores números são Santa Catarina (14), seguido pela Paraíba (12) e São Paulo (9). Ainda de acordo com o IBGE, apenas dois estados do país têm territórios organizados em Aglomerações Urbanas, uma no estado de São Paulo e duas no Rio Grande do Sul.

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22 ago

IBGE reconhece 11 municípios do Entorno do DF como Região Metropolitana

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que criou uma nova Região Metropolitana que engloba o Entorno do Distrito Federal. Ao todo, 11 municípios de Goiás integram a lista. A publicação foi feita nesta na terça-feira (20/8).

De acordo com o IBGE, as Regiões Metropolitanas e as Aglomerações Urbanas são recortes instituídos por lei complementar estadual por determinação da Constituição Federal de 1988. O objetivo delas são integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

“A Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal, em Goiás, foi criada, pois não existia anteriormente como recorte legal”, explica o geógrafo Paulo Wagner.

Secretária do Entorno do Distrito Federal (SEDF), pasta do estado de Goiás, Caroline Fleury destacou a importância da medida para a gestão de políticas públicas. “Os municípios na divisa com o DF enfrentam desafios semelhantes em áreas como mobilidade, saúde e segurança pública, todos interligados ao dinamismo de Brasília. O estudo aprofundado dessa região pelo IBGE representa um avanço significativo para um território que era visto como ‘nem Goiás, nem Brasília’ até pouco tempo atrás”, avaliou.

O IBGE determinou que 11 cidades de Goiás integrem a Região Metropolitana do Entorno do DF. São elas:

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A atualização divulgada pelo IBGE também incorporou a Região Metropolitana da Grande Pedreiras, no Maranhão, como um dos recortes metropolitanos do estado; e o município de Barcarena, no Pará, foi à Região Metropolitana de Belém (PA).

Ao todo, o Brasil tem 77 regiões metropolitanas. Os estados com maiores números são Santa Catarina (14), seguido pela Paraíba (12) e São Paulo (9). Ainda de acordo com o IBGE, apenas dois estados do país têm territórios organizados em Aglomerações Urbanas, uma no estado de São Paulo e duas no Rio Grande do Sul.

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21 ago

Pouca flexibilidade do corpo está associada com morte precoce, aponta estudo

O quanto você consegue “esticar” e usar toda a amplitude de movimentos das articulações, dos tendões e dos durante o doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos anos 1980.

Em suma, o teste avalia 20 movimentos realizados por sete articulações diferentes — tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro.

Para cada um deles, o profissional de saúde atribui uma nota de zero a quatro.

O teste desenvolvido por Araújo (na parte superior da foto) avalia os movimentos de diferentes articulações do corpo

Não há nenhum aparelho ou tecnologia envolvidos no exame. O especialista precisa apenas analisar no próprio consultório cada uma das juntas do paciente, algo que leva poucos minutos, segundo Araújo.

“A nota dois é a média, dada para a maioria das pessoas. Um representa uma amplitude um pouco menor, e três, um pouco maior”, detalha o médico.

“O zero é raro, porque significa que aquele indivíduo não possui praticamente nenhuma mobilidade naquela articulação. Já o quatro é algo muito acima, uma flexibilidade digna de integrantes do Cirque Du Soleil.”

Todas essas notas são somadas para obter o resultado final, que representa um índice global de flexibilidade do corpo.

Esse número pode ser comparado aos valores esperados para cada faixa etária e indica se a pessoa está acima, abaixo ou dentro da média.

Relação entre flexibilidade e longevidade

Mas o que a flexibilidade tem a ver com a longevidade?

Afinal, por que os participantes do estudo que eram “rígidos” viveram proporcionalmente menos em comparação com os “flexíveis”?

Araújo diz que a forma como a pesquisa foi feita não permite avaliar os mecanismos e estabelecer uma relação de causa e efeito entre as duas coisas — embora seja possível fazer algumas especulações.

“As pessoas que são mais rígidas têm menos mobilidade e autonomia, perdem independência e caem com maior frequência”, observa ele.

“É um círculo vicioso, uma bola de neve: esse sujeito deixa de realizar atividades porque tem medo de cair e se machucar. A inatividade física, por sua vez, prejudica a flexibilidade, que piora cada vez mais.”

Aliás, a escolha da faixa etária dos 46 aos 65 anos para o estudo teve um propósito claro.

“Costumo brincar que, até os 45 anos de idade, ainda estamos na ‘garantia de fábrica’. Mesmo se fizermos alguma coisa errada em termos de saúde, dificilmente morreremos”, conta Araújo.

“Geralmente, pagamos a conta de um estilo de vida ruim na quinta ou na sexta década de vida. Por isso, escolhemos esse público para avaliar as questões de flexibilidade. É na meia idade que as coisas começam a dar errado.”

Em estudo brasileiro, taxa de mortalidade foi maior em quem tinha um baixo nível de flexibilidade

O fisiologista do exercício Bruno Gualano, que não esteve envolvido com a pesquisa recém-publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, avalia que a longevidade pode ser influenciada por outros atributos físicos que vão além da flexibilidade.

“Quando um indivíduo treina a parte aeróbica, ao fazer caminhada, corrida, bicicleta, ou trabalha a força, com a famosa musculação, ele também melhora a flexibilidade. É algo que vem de bônus”, aponta o especialista, que é professor do Centro de Medicina do Estilo de Vida da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o pesquisador, existe uma “plausibilidade biológica” por trás da relação entre os exercícios aeróbicos ou de força com o aumento da expectativa de vida.

“Mas ainda não temos uma lógica muito clara entre um eventual aumento da flexibilidade e uma melhora em índices globais de saúde”, pontua Gualano.

“Será que os indivíduos que apresentam maior flexibilidade também já não são fisicamente mais ativos? E será que esse nível de atividade física os predispõe a uma longevidade ampliada? Será que não há outras variáveis que podem estar por trás dessa correlação?”

Para o professor da USP, a comprovação do papel da flexibilidade na expectativa de vida só poderia ser consolidado com um estudo controlado e randomizado.

“Seria necessário dividir de forma aleatória um grupo de voluntários com características parecidas. Uma parte faria treinos de flexibilidade, enquanto a outra parcela não passaria por essas sessões. Depois de algum tempo, os resultados dos dois grupos poderiam ser comparados para checar se houve alguma diferença”, diz Gualano.

“Claro que fazer uma pesquisa dessas não é uma coisa trivial e envolve muito tempo e dinheiro.”

Araújo lembra que o estudo recém-publicado reúne dados compilados desde 1994 — e, portanto, só foram incluídas variáveis quantificadas a partir do início do trabalho, como idade, sexo e índice de massa corporal (IMC) dos participantes.

“Nos últimos 30 anos, a forma de recomendar exercícios físicos mudou muito. Treinos resistidos, de musculação, eram praticamente contraindicados para quem tinha doenças cardíacas até o início dos anos 2000”, lembra o especialista.

“Não haveria como ter registrado de forma sistemática o padrão de exercícios aeróbicos, resistidos e de flexibilidade em todos os indivíduos, que entraram no estudo em períodos diferentes, como nos anos 1990, no início dos 2000 e até recentemente, em 2021.”

A meia idade é o momento em que um estilo de vida inadequado começa a ‘cobrar o preço’

Dá para melhorar a flexibilidade?

Para Gualano, um exercício específico de flexibilidade, como sessões de alongamento, por exemplo, “vai ter como resultado a melhora da capacidade de se alongar e ter mobilidade”.

“Isso pode ser importante em algumas condições específicas e garantir a realização de atividades cotidianas de indivíduos que têm pouca flexibilidade, estão ‘encurtados’ e apresentam dificuldade para fazer tarefas como amarrar o próprio tênis.”

No entanto, o pesquisador teme que dar foco num atributo físico específico — como a flexibilidade — pode complicar ainda mais as coisas em um cenário em que o sedentarismo reina absoluto.

“Em termos de saúde pública, precisamos levar em conta que o tempo das pessoas é escasso para a prática de atividade física. O Brasil tem uma das populações mais inativas do mundo”, aponta ele.

Gualano acredita que modelos de treinamento para a população geral que lidam com várias capacidades ao mesmo tempo em vez de focar em uma só questão podem ser mais eficazes.

“Os treinos de força, por exemplo, também trabalham a amplitude dos movimentos e isso vai melhorar o índice de flexibilidade de um indivíduo”, afirma o fisiologista.

“Será que precisamos de um treinamento específico de flexibilidade? O meu palpite seria que não.”

Araújo tem outra perspectiva. “Um dos conceitos mais clássicos do treinamento físico é o da especificidade. Para melhorar ‘algo’, é preciso treinar esse ‘algo'”, pontua o pesquisador.

Ele diz que há vários exemplos disso, especialmente quando pensamos em esportes e outras atividades físicas.

Um triatleta, modalidade predominantemente aeróbica, precisa fazer natação, corrida e ciclismo, porque o efeito de um treino no outro é pequeno, explica Araújo.

Já corredores de longa distância e halterofilistas são fisicamente muito ativos, mas costumam ser menos flexíveis que a população geral.

Por sua vez, bailarinas são muito flexíveis, mas provavelmente não se sobressaem tanto assim em atributos como as capacidades aeróbica e força, diz Araújo.

“Na população geral que se exercita de forma correta, as capacidades aeróbica, de força, de flexibilidade e de equilíbrio são trabalhadas, e pode haver alguma associação de resultados favoráveis. Mas somente porque cada um desses aspectos é exercitado, e não porque os outros três são treinados”, argumenta ele.

Araújo vê a necessidade de personalizar as recomendações de exercício conforme a aptidão física de cada um.

“Por que eu preciso oferecer um prato feito para todo mundo? Deveríamos inverter essa moeda e adaptar a atividade às necessidades individuais.”

Entidades recomendam pelo menos duas sessões de treino de força por semana

Atualmente, diversas entidades de saúde, como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada a vigorosa por semana — algo em torno de 30 minutos diários durante cinco dias da semana.

O exercício considerado “moderado a vigoroso” é aquele que gera um aumento nos batimentos cardíacos e na respiração, mas não chega a ser extenuante.

São atividades que deixam alguém ofegante, mas não impedem de conversar com alguém próximo.

Outro aspecto importante das orientações das autoridades de saúde envolve os treinos de força, que trabalham os músculos.

Segundo a OMS, o Ministério da Saúde e outras entidades da área, é importante fazê-los ao menos duas vezes por semana.

Por fim, as evidências também apontam para a necessidade de interromper os chamados “comportamentos sedentários prolongados”, como ficar horas na televisão, no celular ou no computador.

A cada uma hora sentado, é importante levantar e mexer o corpo por cerca de três a cinco minutos.

Vale lembrar aqui que o sedentarismo é encarado hoje como um dos maiores vilões da saúde e está relacionado a uma série de doenças — de obesidade a câncer.

A OMS estima que um terço dos adultos e 81% dos adolescentes não praticam atividade física suficiente.

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15 ago

5 benefícios do colágeno para a saúde

O colágeno é uma proteína estrutural que compõe grande parte dos tecidos do corpo humano, incluindo pele, ossos, tendões, cartilagens e ligamentos. Ele é essencial para a manutenção da firmeza e elasticidade da pele, bem como para a integridade e resistência das articulações e ossos. Além disso, auxilia na cicatrização de feridas e no fortalecimento das unhas e cabelos.

Apesar de muitas pessoas associarem o colágeno apenas a questões estéticas, ele é fundamental para o funcionamento de todo o corpo. Disponível em pó, cápsula ou alimentos, o colágeno se mostra essencial para um envelhecimento saudável.

“Hoje, nossa expectativa de vida é completamente diferente da de nossos pais e avós. Por isso, precisamos pensar no longo prazo em relação à nossa saúde. Temos que entender como cada etapa da nossa vida precisará de aliados, seja por meio da suplementação ou de uma alimentação mais equilibrada. Existem muitos produtos que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida, e o colágeno entra nessa listagem”, explica Elaine Henzel, especialista em Nutrição Funcional e nutricionista da True Source.

Suplementação de colágeno

Conforme os dados das Tábuas da Mortalidade, desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida para as pessoas que nascem no Brasil ficou em 75,5 anos. Viver mais precisa estar associado a ter uma vida melhor.

Com o tempo, a produção de colágeno do nosso organismo sofre uma queda gradual, tornando essencial buscar a ajuda de um profissional para entender como suplementar de maneira adequada, levando em conta as necessidades nutricionais de cada pessoa, para que todos os benefícios sejam absorvidos pelo organismo.

Contudo, não adianta apenas suplementar; é preciso associar isso a uma boa quantidade de horas de sono, ter uma alimentação equilibrada e manter uma rotina de atividades. Elaine Henzel alerta que nenhuma cápsula ou pó fará o milagre sozinho. “É um trabalho conjunto que depende de inúmeros fatores para ter resultado. Não adianta apenas incluir as vitaminas e os minerais na alimentação sem ter uma mudança no estilo de vida”, afirma a especialista.

O colágeno ajuda na saúde das articulações e pode melhorar a mobilidade, bem como reduzir dores na terceira idade (Imagem: shurkin_son | Shutterstock)

Vantagens do colágeno

O colágeno é uma proteína, e nosso organismo o produz muito bem até os 25 anos. A partir dessa idade, inicia-se a diminuição da produção. Por isso, são relevantes a suplementação e a avaliação de como aumentar a ingestão deste e de outros nutrientes, pensando na qualidade de vida.

Podemos distribuir a contribuição do colágeno no funcionamento do nosso corpo em cinco itens essenciais, que podem ser desdobrados em muitos mais, dependendo de cada caso. Por isso, Elaine Henzel mostra uma lista com os itens essenciais para você avaliar com um profissional de saúde como incluir o colágeno no dia a dia.

1. Articulações fortes e flexíveis

Quantas vezes você ouviu nos últimos meses alguém falando que quer envelhecer bem e ter uma boa mobilidade na terceira idade? Essa é uma pauta que surgiu a partir do que vivenciamos com nossos avós. Hoje, vemos, por exemplo, o reforço sobre a importância da massa muscular para manter a mobilidade, independentemente da idade.

O colágeno será um grande aliado das articulações, contribuindo até para reduzir dores e melhorar a mobilidade. “A principal relação direta é com a saúde das articulações e a questão estética. Depois, vamos descobrindo que o colágeno pode contribuir positivamente com cada parte do nosso corpo”, reforça Elaine Henzel.

2. Ossos densos e resistentes

A osteoporose não é um assunto apenas para pessoas mais velhas, e por isso precisamos entender o papel do colágeno na saúde óssea, pensando em como promover e manter a densidade óssea. Neste caso, existe uma relação com a vitamina D e o cálcio, e a associação com o colágeno é complementar para ter o melhor resultado.

3. Colágeno como aliado da saúde digestiva

Mais um grande benefício do colágeno é favorecer a saúde digestiva, contribuindo para a cicatrização intestinal, reduzindo a inflamação e melhorando a absorção dos nutrientes.

4. Colágeno na prevenção de lesões esportivas

Para os praticantes de atividades físicas, o colágeno pode ser usado para ajudar na prevenção de lesões esportivas, no fortalecimento de tendões, ligamentos e músculos.

5. Saúde da pele, do cabelo e das unhas

Uma pele radiante é resultado de boas horas de sono, uma alimentação equilibrada e uma boa rotina de atividades físicas, associadas a uma dose de colágeno. Isso proporciona os benefícios da proteína para a pele, incluindo a redução de rugas, o aumento da elasticidade e hidratação, além de deixar os cabelos mais brilhantes e as unhas mais fortes.

Por Bianca Custodia

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14 ago

5 benefícios do colágeno para a saúde

O colágeno é uma proteína estrutural que compõe grande parte dos tecidos do corpo humano, incluindo pele, ossos, tendões, cartilagens e ligamentos. Ele é essencial para a manutenção da firmeza e elasticidade da pele, bem como para a integridade e resistência das articulações e ossos. Além disso, auxilia na cicatrização de feridas e no fortalecimento das unhas e cabelos.

Apesar de muitas pessoas associarem o colágeno apenas a questões estéticas, ele é fundamental para o funcionamento de todo o corpo. Disponível em pó, cápsula ou alimentos, o colágeno se mostra essencial para um envelhecimento saudável.

“Hoje, nossa expectativa de vida é completamente diferente da de nossos pais e avós. Por isso, precisamos pensar no longo prazo em relação à nossa saúde. Temos que entender como cada etapa da nossa vida precisará de aliados, seja por meio da suplementação ou de uma alimentação mais equilibrada. Existem muitos produtos que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida, e o colágeno entra nessa listagem”, explica Elaine Henzel, especialista em Nutrição Funcional e nutricionista da True Source.

Suplementação de colágeno

Conforme os dados das Tábuas da Mortalidade, desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida para as pessoas que nascem no Brasil ficou em 75,5 anos. Viver mais precisa estar associado a ter uma vida melhor.

Com o tempo, a produção de colágeno do nosso organismo sofre uma queda gradual, tornando essencial buscar a ajuda de um profissional para entender como suplementar de maneira adequada, levando em conta as necessidades nutricionais de cada pessoa, para que todos os benefícios sejam absorvidos pelo organismo.

Contudo, não adianta apenas suplementar; é preciso associar isso a uma boa quantidade de horas de sono, ter uma alimentação equilibrada e manter uma rotina de atividades. Elaine Henzel alerta que nenhuma cápsula ou pó fará o milagre sozinho. “É um trabalho conjunto que depende de inúmeros fatores para ter resultado. Não adianta apenas incluir as vitaminas e os minerais na alimentação sem ter uma mudança no estilo de vida”, afirma a especialista.

O colágeno ajuda na saúde das articulações e pode melhorar a mobilidade, bem como reduzir dores na terceira idade (Imagem: shurkin_son | Shutterstock)

Vantagens do colágeno

O colágeno é uma proteína, e nosso organismo o produz muito bem até os 25 anos. A partir dessa idade, inicia-se a diminuição da produção. Por isso, são relevantes a suplementação e a avaliação de como aumentar a ingestão deste e de outros nutrientes, pensando na qualidade de vida.

Podemos distribuir a contribuição do colágeno no funcionamento do nosso corpo em cinco itens essenciais, que podem ser desdobrados em muitos mais, dependendo de cada caso. Por isso, Elaine Henzel mostra uma lista com os itens essenciais para você avaliar com um profissional de saúde como incluir o colágeno no dia a dia.

1. Articulações fortes e flexíveis

Quantas vezes você ouviu nos últimos meses alguém falando que quer envelhecer bem e ter uma boa mobilidade na terceira idade? Essa é uma pauta que surgiu a partir do que vivenciamos com nossos avós. Hoje, vemos, por exemplo, o reforço sobre a importância da massa muscular para manter a mobilidade, independentemente da idade.

O colágeno será um grande aliado das articulações, contribuindo até para reduzir dores e melhorar a mobilidade. “A principal relação direta é com a saúde das articulações e a questão estética. Depois, vamos descobrindo que o colágeno pode contribuir positivamente com cada parte do nosso corpo”, reforça Elaine Henzel.

2. Ossos densos e resistentes

A osteoporose não é um assunto apenas para pessoas mais velhas, e por isso precisamos entender o papel do colágeno na saúde óssea, pensando em como promover e manter a densidade óssea. Neste caso, existe uma relação com a vitamina D e o cálcio, e a associação com o colágeno é complementar para ter o melhor resultado.

3. Colágeno como aliado da saúde digestiva

Mais um grande benefício do colágeno é favorecer a saúde digestiva, contribuindo para a cicatrização intestinal, reduzindo a inflamação e melhorando a absorção dos nutrientes.

4. Colágeno na prevenção de lesões esportivas

Para os praticantes de atividades físicas, o colágeno pode ser usado para ajudar na prevenção de lesões esportivas, no fortalecimento de tendões, ligamentos e músculos.

5. Saúde da pele, do cabelo e das unhas

Uma pele radiante é resultado de boas horas de sono, uma alimentação equilibrada e uma boa rotina de atividades físicas, associadas a uma dose de colágeno. Isso proporciona os benefícios da proteína para a pele, incluindo a redução de rugas, o aumento da elasticidade e hidratação, além de deixar os cabelos mais brilhantes e as unhas mais fortes.

Por Bianca Custodia

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13 ago

5 benefícios do colágeno para a saúde

O colágeno é uma proteína estrutural que compõe grande parte dos tecidos do corpo humano, incluindo pele, ossos, tendões, cartilagens e ligamentos. Ele é essencial para a manutenção da firmeza e elasticidade da pele, bem como para a integridade e resistência das articulações e ossos. Além disso, auxilia na cicatrização de feridas e no fortalecimento das unhas e cabelos.

Apesar de muitas pessoas associarem o colágeno apenas a questões estéticas, ele é fundamental para o funcionamento de todo o corpo. Disponível em pó, cápsula ou alimentos, o colágeno se mostra essencial para um envelhecimento saudável.

“Hoje, nossa expectativa de vida é completamente diferente da de nossos pais e avós. Por isso, precisamos pensar no longo prazo em relação à nossa saúde. Temos que entender como cada etapa da nossa vida precisará de aliados, seja por meio da suplementação ou de uma alimentação mais equilibrada. Existem muitos produtos que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida, e o colágeno entra nessa listagem”, explica Elaine Henzel, especialista em Nutrição Funcional e nutricionista da True Source.

Suplementação de colágeno

Conforme os dados das Tábuas da Mortalidade, desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida para as pessoas que nascem no Brasil ficou em 75,5 anos. Viver mais precisa estar associado a ter uma vida melhor.

Com o tempo, a produção de colágeno do nosso organismo sofre uma queda gradual, tornando essencial buscar a ajuda de um profissional para entender como suplementar de maneira adequada, levando em conta as necessidades nutricionais de cada pessoa, para que todos os benefícios sejam absorvidos pelo organismo.

Contudo, não adianta apenas suplementar; é preciso associar isso a uma boa quantidade de horas de sono, ter uma alimentação equilibrada e manter uma rotina de atividades. Elaine Henzel alerta que nenhuma cápsula ou pó fará o milagre sozinho. “É um trabalho conjunto que depende de inúmeros fatores para ter resultado. Não adianta apenas incluir as vitaminas e os minerais na alimentação sem ter uma mudança no estilo de vida”, afirma a especialista.

O colágeno ajuda na saúde das articulações e pode melhorar a mobilidade, bem como reduzir dores na terceira idade (Imagem: shurkin_son | Shutterstock)

Vantagens do colágeno

O colágeno é uma proteína, e nosso organismo o produz muito bem até os 25 anos. A partir dessa idade, inicia-se a diminuição da produção. Por isso, são relevantes a suplementação e a avaliação de como aumentar a ingestão deste e de outros nutrientes, pensando na qualidade de vida.

Podemos distribuir a contribuição do colágeno no funcionamento do nosso corpo em cinco itens essenciais, que podem ser desdobrados em muitos mais, dependendo de cada caso. Por isso, Elaine Henzel mostra uma lista com os itens essenciais para você avaliar com um profissional de saúde como incluir o colágeno no dia a dia.

1. Articulações fortes e flexíveis

Quantas vezes você ouviu nos últimos meses alguém falando que quer envelhecer bem e ter uma boa mobilidade na terceira idade? Essa é uma pauta que surgiu a partir do que vivenciamos com nossos avós. Hoje, vemos, por exemplo, o reforço sobre a importância da massa muscular para manter a mobilidade, independentemente da idade.

O colágeno será um grande aliado das articulações, contribuindo até para reduzir dores e melhorar a mobilidade. “A principal relação direta é com a saúde das articulações e a questão estética. Depois, vamos descobrindo que o colágeno pode contribuir positivamente com cada parte do nosso corpo”, reforça Elaine Henzel.

2. Ossos densos e resistentes

A osteoporose não é um assunto apenas para pessoas mais velhas, e por isso precisamos entender o papel do colágeno na saúde óssea, pensando em como promover e manter a densidade óssea. Neste caso, existe uma relação com a vitamina D e o cálcio, e a associação com o colágeno é complementar para ter o melhor resultado.

3. Colágeno como aliado da saúde digestiva

Mais um grande benefício do colágeno é favorecer a saúde digestiva, contribuindo para a cicatrização intestinal, reduzindo a inflamação e melhorando a absorção dos nutrientes.

4. Colágeno na prevenção de lesões esportivas

Para os praticantes de atividades físicas, o colágeno pode ser usado para ajudar na prevenção de lesões esportivas, no fortalecimento de tendões, ligamentos e músculos.

5. Saúde da pele, do cabelo e das unhas

Uma pele radiante é resultado de boas horas de sono, uma alimentação equilibrada e uma boa rotina de atividades físicas, associadas a uma dose de colágeno. Isso proporciona os benefícios da proteína para a pele, incluindo a redução de rugas, o aumento da elasticidade e hidratação, além de deixar os cabelos mais brilhantes e as unhas mais fortes.

Por Bianca Custodia

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13 ago

Qual será o tema da redação do Concurso Nacional Unificado? E das questões discursivas?

O Concurso Nacional Unificado (CNU) tem sido tema de grandes expectativas desde que foi anunciado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Com 6.642 vagas em 21 órgãos públicos federais e salários de até R$ 23 mil, o concurso recebem mais de 2 milhões de inscrições.

O tema da redação do CNU, objeto de grande especulação entre os candidatos, promete ser uma reflexão atual e relevante. De acordo com especialistas ouvidos pelo GLOBO, é esperado o tema deve estar relacionado a questões sociais, políticas, ambientais ou tecnológicas, que estejam em evidência no contexto nacional ou internacional.

Os candidatos do Bloco 8 – Nível Intermediário farão a sua redação pela manhã, quando também deverão responder a 20 questões de múltipla escolha.

Já os candidatos dos demais blocos, de 1 a 7, responderão a uma questão discursiva, que na prática é uma dissertação em formato de redação, também pela manhã. O tema da questão vai variar de acordo com o bloco. Também pela manhã serão respondidas 20 questões de múltiplas escolhas por esses candidatos.

Não será surpresa se, com a diversidade de perfis socioeconômicos entre os candidatos e a preocupação com questões de inclusão e diversidade, o tema da redação aborde assuntos como desigualdade social, direitos humanos, sustentabilidade ou inovação tecnológica, afirma Eduardo Cambuy, professor do Gran Cursos:

– O bloco 8 tende a ter um tema mais aberto e por isso a gente espera que seja uma questão de complexidade intermediária, não muito densa para que os candidatos de nível médio possam desenvolver bem. Possivelmente, ele vai estar relacionado aos assuntos que o governo vem levantando ao longo desses últimos meses, como diversidade, direitos humanos, acessibilidade, multiplicidade e gêneros.

Veja, abaixo, os temas que podem ser abordados em cada bloco, segundo professores ouvidos pelo GLOBO.

Bloco 8 – Nível intermediário

Heitor Ferreira, professor do Direção Concursos, alguns palpites para o possível tema de redação do bloco 8, voltado ao público de nível médio e que conta com a maior parte dos inscritos – 701 mil. Veja:

Já o professor do Gran Cursos Diogo Alves, especialista em Ciências Sociais, apresentou outras possíveis temáticas que podem ser cobradas na redação. Veja:

Bloco 1- Infraestrutura, Exatas e Engenharias

Uma das possíveis temáticas para o Bloco 1 do Concurso Nacional Unificado (CNU) poderá abordar os “Impactos ambientais de obras públicas” ou as “Políticas de mobilidade urbana”. Esses temas refletem a preocupação crescente com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida nas cidades brasileiras, conforme sugestão do professor Erick Alves, especialista em Direito Administrativo e professor do Direção Concursos.

Bloco 2 – Tecnologia, Dados e Informação

Para o Bloco 2, uma possível dissertação, sugerida por Giordanno Martins, analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, poderia abordar “Como a transformação digital e inovação podem ajudar a Administração Pública na prestação de serviços à sociedade?”.

Esse tema está em consonância com os avanços tecnológicos e a necessidade de modernização da gestão pública, segundo o professor.

Bloco 3 – Ambiental, Agrário e Biológica

Antônio Batista, especialista em concursos públicos e professor universitário, aposta em “Desafios da segurança alimentar no Brasil: perspectivas para garantir a qualidade e a saúde dos consumidores” e “Desafios e oportunidades para aumentar a produtividade agrícola no Brasil” como possíveis temas a serem cobrados no bloco 3.

Bloco 4 – Trabalho e Saúde do Servidor

“Condições humanas de trabalho no Brasil: desafios e perspectivas para a garantia de direitos trabalhistas” pode ser um tema de redação para o bloco 4, segundo Thais Mendonça, juíza do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia e professora de Direito do Trabalho.

A professora de diversas plataformas de cursinhos online sugere como tema para o Bloco 4 questões relacionadas às condições humanas de trabalho, como a norma do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre trabalho escravo e tráfico de pessoas, ou condições degradantes de trabalho, abrangendo também as normas de insalubridade e periculosidade.

Bloco 5 – Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos

Marianna Zacharias, professora de Direitos Humanos, acredita que o Bloco 5 possa ter um tema voltado para políticas públicas ou gestão governamental em relação a grupos vulneráveis, como “Políticas públicas para grupos vulneráveis: desafios e perspectivas para a inclusão social e proteção dos direitos fundamentais”.

Para ela, a temática reflete a preocupação com a inclusão social e a proteção dos direitos fundamentais.

Bloco 6 – Setores Econômicos e Regulação

Para o Bloco 6, Jetro Coutinho, auditor do TCU e professor de Economia, aposta em uma redação sobre falhas de mercado, especialmente em temas como bens públicos e externalidades, questões que hoje são centrais na análise econômica e na formulação de políticas públicas.

“Falhas de mercado e o papel do Estado na correção: uma análise das políticas públicas para bens públicos e externalidades”, seria uma possibilidade de tema, segundo Coutinho.

Bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública

No Bloco 7, o professor Gilson Maciel, especialista em Ciência Política, Políticas Públicas, Direitos Humanos e Realidade Brasileira, acredita que deverá ser proposta uma reflexão sobre a importância das políticas sociais para o desenvolvimento do Brasil. Confira algumas possibilidades, segundo Maciel:

12 ago

Saiba como a crise na Venezuela prejudica a relação com o Brasil

A diplomacia brasileira adota uma posição de cautela frente às eleições na Venezuela, apesar da proximidade ideológica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro. Segundo o Itamaraty, a prioridade atual é garantir a divulgação das atas e a manutenção de um canal com o regime chavista. Além disso, o Brasil também tem interesses em comum com o país vizinho, como a compra de energia e a expansão do comércio que poderia sofrer consequências em um eventual corte de relações diplomáticas, com a perda regional de influência e o aumento do impacto de uma crise migratória. Apesar das precauções em relação ao pleito, a demora por um posicionamento mais duro abre precedentes na América Latina, apontam especialistas ouvidos pelo Correio.

Do ponto de vista geopolítico, a Venezuela é um país sensível para todo o continente, mas especialmente para o Brasil, com quem tem 2,2 mil quilômetros de fronteira. Sob cerco com as sanções dos Estados Unidos, o regime de Nicolás Maduro se aproximou ao longo dos anos da China e da Rússia, que forneceram apoio essencial para manter o chavista no poder e ter um aliado estratégico na América do Sul. A Rússia, por exemplo, investiu na produção de petróleo venezuelana e se tornou o principal fornecedor de armas e equipamentos militares ao país.

Já a China, por sua vez, tem uma relação econômica mais próxima ainda: estima-se que os investimentos na Venezuela somam US$ 60 bilhões, espalhados em diferentes projetos. O valor é metade do total investido pelos chineses na América do Sul e no Caribe.

O Brasil também fez um empréstimo de US$ 1,5 bilhão, via BNDES, ao governo de Nicolás Maduro

Evidência da proximidade é que o russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping estão entre os poucos chefes de Estado que reconheceram imediatamente a reeleição de Maduro, mesmo com uma série de indícios de fraude. Para o professor do Instituto de Relações Internacionais (Irel) da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Jorge Ramalho da Rocha, a aproximação de outras potências gera tensões no continente, enfraquecendo tanto a influência brasileira entre os seus vizinhos quanto o objetivo do governo Lula de unir a governança regional.

“No plano geopolítico global, (a Venezuela) associou-se a potências extrarregionais (Rússia, China, Turquia e Irã), cujas presenças na região geram tensões com os países sul-americanos, com os EUA e com a Europa”, disse o professor. Na prática, essa influência se soma à preocupação mais concreta de uma nova crise econômica e convulsão social na Venezuela. Analistas temem que a escalada da violência do regime Maduro e o endurecimento de sanções internacionais possam levar a Venezuela a uma nova crise, potencializando conflitos e fluxos de migrantes para os países vizinhos, como o Brasil. Nesse cenário, Maduro poderia convidar uma interferência estrangeira na região.

“(Ele) é irresponsável o bastante para fazê-lo, se achar que isso aumenta as chances de permanecer no poder. Seu respeito pelos vizinhos aproxima-se do que demonstra ter pela própria população: nenhum. Mas atenção: não se deve subestimá-lo. É pragmático, tem sistema de inteligência e polícia política eficazes, e entende que não lhe interessa romper relações com o Brasil. O risco de ele romper relações com o Brasil é baixo”, calcula, ainda, Ramalho da Rocha.

“No plano geopolítico global, (a Venezuela) associou-se a potências extrarregionais (Rússia, China, Turquia e Irã), cujas presenças na região geram tensões com os países sul-americanos, com os EUA e com a Europa”

Segundo o doutor em estudos estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Ricardo de Toma-García, esse risco de instabilidade na fronteira norte obriga o Brasil a tomar o protagonismo na prevenção de incidentes. “A eventual erosão de ordem política e social da Venezuela e a subsequente eclosão de um conflito que envolva os interesses de potências extrarregionais e a inserção de contratistas militares colocam o Brasil em uma situação de relativa vulnerabilidade no entorno amazônico”, explicou. Estima-se que uma nova crise pode levar à saída de entre 20% a 25% da população venezuelana atual, ou seja, até 7 milhões de novos refugiados no continente.

O Brasil também tem valores a receber do empréstimo de US$ 1,5 bilhão feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização de obras de infraestrutura no país. Sobre a balança comercial, porém, o país sulamericano tem pequena participação nos comércios com o Brasil. Em 2023, o fluxo foi de US$ 1,153 bilhão, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. A estimativa para 2024 é que o número se aproxime de US$ 1,2 bilhão neste ano. Em 2013, no auge das relações comerciais, o valor foi de mais de US$ 6 bilhões.

Todos esses fatores ajudam a explicar a cautela do Itamaraty ao tratar do tema. O ministério cobra a divulgação das atas eleitorais, mas sem acusar a possibilidade de fraude na reeleição de Maduro. A posição destoa da adotada por outros países, como Chile e Argentina. Porém, possibilita que o Brasil tenha um canal de diálogo tanto com o ditador quanto com a oposição — países que denunciaram fraude tiveram suas representações diplomáticas expulsas. Há expectativa de que o presidente Lula converse com Maduro por telefone, mas acompanhado dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador.

“A eventual erosão de ordem política e social da Venezuela e a subsequente eclosão de um conflito que envolva os interesses de potências extrarregionais e a inserção de contratistas militares colocam o Brasil em uma situação de relativa vulnerabilidade no entorno amazônico”

Porém, a própria manutenção do governo Maduro traz riscos ao Brasil, como a mobilidade do crime organizado entre as fronteiras, a mineração ilegal e exploração do meio ambiente e a falta de políticas para a saúde, que impõem riscos sanitários. Ramalho da Rocha avalia que a existência de um regime autoritário estimula outras “aventuras ditatoriais”, como a de Nayib Bukele, em El Salvador, e a de Daniel Ortega, na Nicarágua — com quem o Brasil protagonizou um embate diplomático recente, após a expulsão dos respectivos embaixadores.

“E também no Brasil. A questão não é ideológica; é moral. Não se trata de opção de ‘esquerda’ ou ‘direita’, como se quer insinuar. Trata-se, isto sim, de desrespeito às leis, às instituições democráticas e aos direitos fundamentais da pessoa humana. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que se diz conservador e ‘de direita’, tentou implantar no Brasil modelo parecido com o que (Hugo) Chávez e Maduro implantaram na Venezuela. Aliás, ele sempre elogiou o ex-presidente Chávez. Só discordava da atenção que o tenente-coronel dispensava aos pobres”, afirma o professor.

Por sua vez, Toma-García aponta que, embora a posição brasileira tenha sido interpretada como um gesto de prudência, a demora por uma cobrança mais dura é preocupante e abre precedentes na América Latina. “É inaceitável que o representante da maior democracia da América do Sul seja tolerante ante situações que jamais seriam aceitas no Brasil, entre elas a ausência de transparência nos atos de escrutínio, a perseguição dos testemunhas dos partidos, a proclamação do Maduro como presidente eleito mesmo sem provas e a judicialização da questão, incluindo a abertura de processos criminais contra o candidato Gonzalez e a líder da oposição Machado, além da prisão de mais de 1200 ativistas”, enumera.

“O Brasil não pode desconsiderar a negativa do CNE em realizar o processo de totalização das atas no período de 48 horas estabelecido pela lei eleitoral da Venezuela. Acredito que o país deveria estudar os fundamentos apresentados pelo Carter Center e outras organizações que tradicionalmente participaram do processo. Sob nenhuma circunstância deve ser recomendada a realização de novos processos eleitorais enquanto o Estado venezuelano não permitir a auditoria real e imparcial do processo.”

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