16 set

Terra, SBT e Nova Brasil realizam debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo

Resumo

Debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo ocorrerá nessa sexta-feira, 20, com transmissão do Terra, SBT e Nova Brasil, e com regras definidas.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições 2024 participarão nesta sexta-feira, 20, de um debate com a transmissão do Terra, em parceria com SBT e rádio Nova Brasil. Com apresentação e mediação do jornalista César Filho, o evento será realizado a partir das 11h15.

Para assistir, basta acessar a home do Terra, que, além da transmissão ao vivo, trará direto dos estúdios do SBT informações dos bastidores, entrevistas exclusivas e análises. O debate também poderá ser acompanhado pela TV aberta, no SBT, e pelo rádio, na Nova Brasil.

Candidatos convidados para o debate

Em atendimento à legislação eleitoral vigente, foram convidados obrigatoriamente os candidatos com representatividade de cinco cadeiras no Congresso Nacional até o dia 20 de julho, conforme tabela publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e aqueles considerados de relevância jornalística pela organização do debate.

Veja abaixo a lista dos candidatos participantes:

Ricardo Nunes (MDB)

Guilherme Boulos (PSOL)

Pablo Marçal (PRTB)

Tabata Amaral (PSB)

José Luiz Datena (PSDB)

Marina Helena (Novo)

Regras do debate

Com duração de 1h45, o debate será dividido em três blocos, com dois intervalos. A previsão é que o evento se encerre às 13h.

Primeiro bloco

O mediador fará a apresentação inicial do debate e dará as explicações sobre as regras que o orientarão. Será feita uma rodada de perguntas entre os participantes — na ordem abaixo, que foi previamente definida em sorteio –, sem a possibilidade de os candidatos serem escolhidos mais de uma vez para responder.

1º Guilherme Boulos

2º Ricardo Nunes

3º Marina Helena

4º José Luiz Datena

5º Tabata Amaral

6º Pablo Marçal

Os temas das perguntas — saúde, segurança, educação, zeladoria, mobilidade urbana ou gestão ambiental/questão climática — serão definidos em sorteio, durante o debate, pelo mediador.

O candidato terá 30 segundos para fazer a pergunta para algum concorrente, que terá um minuto e 30 segundos para responder. Os políticos terão mais um minuto cada para a réplica e a tréplica.

Os candidatos serão informados do tempo decorrido em cada participação por um cronômetro no estúdio. Em caso de não respeito ao tempo, o mediador interromperá a fala do candidato, dando prosseguimento ao debate.

Segundo bloco

Será feita uma rodada de perguntas pelos 6 jornalistas dos veículos participantes, sem a possibilidade de os candidatos serem escolhidos mais de uma vez para responder. Os escolhidos terão um minuto e 30 segundos para se posicionarem. Um segundo candidato será escolhido para comentar, também sem a possibilidade de repetição. O comentário será de no máximo um minuto, mesmo tempo da réplica.

Terceiro bloco

Será feita novamente uma rodada de perguntas entre os participantes — na ordem abaixo, que foi previamente definida em sorteio –, sem a possibilidade os candidatos serem escolhidos mais de uma vez para responder.

1º José Luiz Datena

2º Guilherme Boulos

3º Pablo Marçal

4º Ricardo Nunes

5º Marina Helena

6º Tabata Amaral

Assim como no primeiro bloco, os temas das perguntas serão definidos em sorteio, durante o debate, pelo mediador. O candidato terá 30 segundos para fazer a pergunta para algum concorrente, que terá um minuto e 30 segundos para responder. Os políticos terão mais um minuto cada para a réplica e a tréplica.

Em seguida, os candidatos farão as considerações finais, também em ordem previamente definida em sorteio:

1º Guilherme Boulos

2º Tabata Amaral

3º José Luiz Datena

4º Pablo Marçal

5º Marina Helena

6º Ricardo Nunes

Direito de Resposta

Durante pergunta, resposta, réplica, tréplica, comentário e consideração final, o candidato que se sentir pessoalmente ofendido poderá se defender no tempo adicional de um minuto. O pedido de resposta à ofensa pessoal será dirigido ao mediador no momento em que a susposta ofensa ocorrer ou ao final da fala do candidato que a proferiu. Um corpo jurídico formado pelos promotores do debate definirá se houve citação que justifique o direito de resposta.

Serão entendidas como ofensa pessoal as ocorrências de calúnia, injúria ou difamação. O direito de resposta será exercido a qualquer tempo dentro do bloco em que foi solicitado ou no início do seguinte, caso o pedido seja feito ao fim do bloco em curso.

13 set

A pesquisa científica na UnB: desafios e perspectivas para a pós-graduação

A Universidade de Brasília (UnB) atravessa um momento de transformação. O primeiro semestre se encerra em breve e, com ele, se abre a perspectiva de uma nova gestão, que deve assumir em novembro, após o Conselho Universitário referendar democraticamente o resultado da Consulta e da nomeação da Presidência da República.

Não são poucos os desafios que a reitora escolhida na consulta à comunidade, Rozana Naves, e seu vice-reitor, Márcio Muniz, têm pela frente. Considerando o papel fundamental da pesquisa na Universidade, é importante destacar alguns problemas desta área.

É preciso ter clareza de que os desafios para a pós-graduação no Brasil são diversos e refletem tanto questões estruturais do sistema educacional quanto fatores externos, como condições políticas, econômicas e sociais. A redução do financiamento público é, sem dúvida, o maior desses fatores. O financiamento das universidades e instituições de ensino superior públicas tem sido reduzido nos últimos anos, afetando diretamente programas de pós-graduação, pois grande parte deles depende de bolsas de estudos e de fomento para pesquisa.

Além disso, a compra de insumos e a manutenção de laboratórios é igualmente afetada. A diminuição do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) prejudica, de maneira indiscutível, a continuidade e a qualidade dos programas de pós-graduação.

Na UnB, em particular, o financiamento insuficiente tem um efeito devastador: sem bolsas de estudo e com infraestrutura insatisfatória, a evasão na pós-graduação tem sido notada. Isso também dificulta a qualificação de Programas nota 3 ou 4, que equivalem a aproximadamente 42%dos PPGs da instituição. Cerca de 41% dos programas possuem nota 5, e apenas 17% têm notas 6 ou 7, considerado o patamar de excelência nacional ou internacional.

No que tange a quesitos que avaliam a excelência dos PPGs, cumpre que a nova administração considere a indução e facilitação de processos para a internacionalização dos programas, para que estes participem de redes internacionais de pesquisa. A falta de parcerias internacionais robustas, dificuldades na mobilidade de estudantes e professores, e o baixo índice de publicações em revistas científicas internacionais são desafios para a projeção da ciência produzida em nossa Universidade.

Todas as metas para a qualificação dos Programas da UnB se beneficiarão enormemente da diminuição da burocracia excessiva, pois os processos administrativos demasiadamente complexos e exigentes, em diferentes sistemas, atrasam a pesquisa e desestimulam pesquisadores, o que se reflete no baixo número de docentes inseridos em programas de pós-graduação.

Para que o trabalho desenvolvido no interior dos programas seja devidamente reconhecido, é preciso fortalecer as secretarias dos Programas com apoio institucional para o preenchimento da Plataforma Sucupira e para a autoavaliação, atualmente uma das etapas decisivas para a avaliação da Capes.

No que diz respeito à diversidade e à redução das desigualdades, muito foi feito. Como se sabe, a UnB foi pioneira na adoção de cotas raciais em 2004, e recentemente estendeu essa política para a pós-graduação, criando a política de ação afirmativa para negros, indígenas e quilombolas. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir não só a diversidade e a inclusão, mas a melhoria das condições de acesso e de permanência nos programas de pós-graduação, especialmente em relação a grupos historicamente marginalizados, como mulheres, negros, população LGBTQIAPN , indígenas e pessoas com deficiência.

Por fim, é necessário desenvolver instrumentos que apoiem a comunidade acadêmica, profundamente afetada em sua saúde mental no período pós-pandemia. Os estudantes de pós-graduação, em particular, têm enfrentado elevados níveis de estresse, depressão e ansiedade, decorrentes da pressão por resultados e da incerteza quanto ao futuro. Esses desafios configuram um mosaico de grande complexidade, que abrange problemas estruturais, financeiros e locais. Para avançar na qualificação e na formação de mestres e doutorados, cabe promover a valorização do conhecimento científico e da carreira acadêmica— elementos cruciais para o futuro da universidade pública.

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11 set

Lula vê crime e Dino “pandemia” de fogo que avança pelo Brasil

Ao ver de perto, ontem, os efeitos da seca que assolam a Região Amazônica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os proprietários rurais que ainda utilizam as queimadas como método de produção e manejo em atividades agrícolas ou pastoris. Incêndios descontrolados devastam várias regiões do país, cuja fumaça cobre cerca de 60% do território nacional.

“A gente pensava que pega fogo só no Pantanal, na Caatinga, na Mata Atlântica, na Amazônia. E esse fogo é criminoso. É gente que está colocando fogo para tentar destruir este país. No Pantanal, 85% das propriedades atingidas são privadas. Nós precisamos punir quem faz queimada. É proibido fazer queimada em época errada”, criticou Lula.

Praticamente ao mesmo tempo, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, frisava que o país vive uma “pandemia” de focos de fogo. “Temos que reconhecer que estamos vivenciando uma autêntica pandemia de incêndios florestais. Há ação humana. Por isso, o Supremo vem com essa ideia de diálogo, mas, ao mesmo tempo, de coerção, investigação e punição dessa ação humana. Não podemos normalizar o absurdo. Temos que manter o estranhamento com o fato de que 60% do território nacional estão sentindo os efeitos dos incêndios florestais e das queimadas. Isso é um absurdo, isso é inaceitável”, frisou o ministro, na audiência de conciliação, no STF, para que os Três Poderes se unam e tracem medidas de combate às chamas.

O magistrado determinou que o governo federal empregue militares dos corpos de bombeiros de unidades da Federação que não foram atingidas pelas queimadas. Também autorizou a aquisição de aeronaves, junto à iniciativa privada, para serem utilizadas no trabalho dos militares contra os focos de fogo.

Segundo Dino, o enfrentamento dos incêndios deve ser feito nos mesmos moldes das estratégias utilizadas nas enchentes do Rio Grande do Sul, em abril e maio passados. O ministro determinou que a Polícia Federal (PF) e as polícias civis das unidades da Federação devem ampliar as investigações sobre os incêndios provocados por ação humana, e defendeu a punição de quem provoca queimadas ilegais.

A audiência de ontem tinha o objetivo de dar cumprimento à decisão do Supremo, de março passado, pela qual o governo federal deve completar as metas contra o desmatamento na Amazônia, na quinta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).

Por conta da grave questão climática pela qual passa o país, Lula anunciou a destinação de R$ 500 milhões para mitigar os efeitos da seca que castiga a Região Amazônica e registra uma das piores estiagens de todos os tempos. O presidente, ontem, viu de perto os efeitos da severa estiagem: rios com drástica redução na navegabilidade e com largas margens que, antes, ficavam submersas. A diminuição no nível da água prejudica e isola os ribeirinhos, que dependem da pesca e da chegada de barcos maiores com gêneros fundamentais à sobrevivência dessas comunidades.

Esses R$ 500 milhões serão aplicados nos próximos cinco anos. São destinados a quatro obras de dragagem nos rios Amazonas e Solimões — principais vias de transporte na região. Outras ações também anunciadas pelo presidente incluem o envio de 150 purificadores de água, dos mesmos modelos utilizados na calamidade no Rio Grande do Sul — têm capacidade de purificar cinco mil litros de água por dia.

O presidente visitou três comunidades que sofrem com a estiagem. A primeira, chamada Paraná, fica no município de Manaquiri, na região metropolitana de Manaus, onde a população ficou isolada. Antes de voltar à capital amazonense, passou pela de Campo Novo, onde verificou a redução drástica no nível do rio, e esteve em São Sebastião do Curumitá, em Tefé, cidade a mais de 500km da capital.

“A cada ano, a gente está perdendo a quantidade de peixes no rio. E, a cada ano, eles vão perdendo cada vez mais a mobilidade. A gente tem que trabalhar em várias frentes aqui”, afirmou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), que acompanhou Lula.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

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10 set

Águas Lindas de Goiás: candidatos apresentam propostas

Durante o Jornal Local, os jornalistas Lucas Móbille e Samanta Sallum, sabatinaram, nesta segunda-feira (9/9), os candidatos Dr. Klaus Pazlhaço (PSol) e Juraci Tesoura de Ouro (PSD), que disputam a prefeitura de Águas Lindas de Goiás, cidade da Região Metropolitana do Distrito Federal. Eles comentaram sobre suas propostas para as principais demandas do município.

A sabatina é uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília.

Dr. Klaus Pazlhaço, candidato pelo PSOL a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás.

Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política de Águas Lindas e de todo o estado de Goiás?

Eu me chamo Klaus Paz de Albuquerque, doutor Klaus por formação e “pazlhaço” pelo prazer. Sou professor, mas sou brincante. Sou trabalhador, sou de Águas Lindas e sou nordestino. Gosto e quero participar da vida política, porque ela transforma todo o nosso cotidiano, dentro de casa, no trabalho e na rua. Como palhaço, quero a alegria das pessoas, então, essa foi a minha inspiração. Mais do que um palhaço, quero ser um administrador, para a alegria se espalhar por Águas Lindas.

Águas Lindas está entre as 150 cidades mais violentas do Brasil. Qual a sua proposta para a segurança pública?

São muitas propostas, mas vou dizer que a segurança pública, assim como todas as outras coisas, está conectada com a educação, a saúde, a iluminação, o saneamento básico, as ruas bem pavimentadas e a mobilidade. Se não houver essa integração e pensar a segurança pública de forma isolada, não teremos uma efetividade. Tudo tem que estar conectado e muito bem trabalhado.

Mais de 97% da população depende da saúde pública, em Águas Lindas, e a população reclama. Como o senhor pretende enfrentar essa questão?

A educação e a saúde devem andar juntas. Tenho muitas propostas e, uma delas, é criar os palhaços curadores. A população, inclusive eu, que vou ao hospital público, se sente mal acolhida. A ideia é trazer os palhaços como um símbolo de acolhimento. E não só eles, vamos trabalhar de uma forma muito mais sistêmica. A ideia é que os palhaços curadores tragam empatia e acolhimento.

O senhor considera que, em Águas Lindas, há uma esquerda que vai conseguir elegê-lo?

Desde que me entendo como ser político, me identifico como de esquerda, pois ela quer o melhor para todas as pessoas, mais urgentemente para quem está sofrendo mais. Mesmo que tenha outros partidos ditos de esquerda, nós, do PSol, achamos que deveríamos colocar a nossa candidatura, pois ela representa muito mais os anseios da população mais pobre, da classe trabalhadora e das minorias. Em Águas Lindas, somos esquerda, mesmo que outros partidos não estejam conosco.

As pessoas que se deslocam de Águas Lindas para o DF pagam uma tarifa de ônibus muito alta. Como ajudar a resolver essa questão?

Existe uma grande parte da população de Águas Lindas que precisa de um transporte digno também para se deslocar dentro da cidade, inclusive para pegar o ônibus que vai para o DF. Minha proposta é que, dentro do município, o cidadão não pague nenhum tostão pelo direito de ir e vir. A gente tem esse direito, mas, se precisar de transporte público, precisa pagar para isso. Em Águas Lindas, a tarifa vai ser zero para se deslocar dentro da cidade.

Como o senhor enxerga a política de educação e da segurança nas escolas, em Águas Lindas?

Como disse anteriormente, as coisas devem ser pensadas de forma sistêmica, coordenadas, conectadas e interligadas. A segurança, dentro e fora das escolas, tem que ser pensada junto com educação, saúde e transporte. No caso das escolas municipais, teremos uma preocupação maior. Sou professor e sei muito bem a situação difícil que a classe trabalhadora, dentro da educação, está passando. Não só os professores, mas as merendeiras, o pessoal da limpeza e da segurança.

Como o senhor distingue a sua atuação como palhaço da política? Teme não ser levado a sério?

Primeiramente, quero dizer que palhaço não é sinônimo de coisas ruins. Muita gente utiliza a palavra como se fossem coisas ruins que os políticos fazem. Jamais. Vamos desassociar isso. Palhaços trazem coisas boas. Políticos ruins são outra história. Meu papel é de estar aqui para as pessoas que não confundam palhaço com uma pessoa que não pensa, não reflete, não é capaz de estudar, fazer um mestrado ou doutorado. Palhaço não é sinônimo de burrice e idiotice.

Por que o “doutor”?

As pessoas, realmente, não levam a sério os palhaços. Como tenho um doutorado, quis juntar as duas coisas, tanto para elevar a palhaçaria quanto para não colocar o “doutor” em um pedestal, distante da classe trabalhadora, dos pobres e dos oprimidos. Foi para fazer essa igualdade, o palhaço não é idiota, mas o doutor também não é essas coisas todas.

O que o senhor pretende levar de cultura para Águas Lindas?

Conheço muita gente trabalhadora da cultura de Águas Lindas e fui eleito, agora, para o Conselho Municipal de Cultura. As demandas para o setor são muito grandes, pois a cultura não é levada a sério na cidade. O pessoal do hip hop é um pessoal muito bacana, com um trabalho excelente que, às vezes, não é reconhecido. Os trabalhadores populares, inclusive aqueles que fazem bonecos maravilhosos. Tenho e terei essa preocupação com a nossa classe. Só que vamos ter que misturar isso com a educação, a saúde e a mobilidade.

Considerações finais

Agradeço o convite. Achei importantíssimo termos esse espaço, principalmente nós, da classe trabalhadora e de partidos de esquerda, que não temos muito recurso. Inclusive, é bom dizer que temos apenas R$ 20 mil para trabalhar uma campanha do tamanho que é Águas Lindas. Por isso, peço sua atenção e para que vocês não vejam o palhaço como uma pessoa desprovida de inteligência e de capacidade para administrar a coisa pública. Nós temos. Temos propostas, e não são poucas. Não somos alheios a colocar e pensar de forma bem trabalhada. Pense na alegria. Alegria é coisa boa, para todos nós.

09/09/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF – Especial – Sabatina Eleições 2024 entorno do DF. Sabatina com candidatos da região metropolitana do DF. Juraci Tesoura de Ouro, candidato pelo PSD a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás.

Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política de Águas Lindas e de todo o estado de Goiás?

Sou nordestino e sou conhecido como Juraci da Tesoura de Ouro. Águas Lindas sempre foi uma cidade que eu sempre gostei, desde os anos 80, quando era camelô e feirante de rua. Nos dias da minha folga, ia comer galinha caipira e jogar bola na cidade. Sempre me identifiquei muito com Águas Lindas e, por isso, coloquei meu nome à disposição. Não era candidato, e o PSD logo me convidou.

Águas Lindas está entre as 150 cidades mais violentas do Brasil. Qual a sua proposta para a segurança pública?

A cidade, hoje, é muito violenta pelo fato de não ter muitos policiais militares. Além disso, só existem guardas patrimoniais, que não ajudam muito. Por isso, precisamos de uma polícia municipal, colocar monitoramento, além de contratar empresas de segurança para ajudar a Polícia Militar a vigiar os patrimônios e a ajudar a população, principalmente os jovens, que estão sofrendo muito porque a segurança é muito precária. Podem ter certeza de que vamos cuidar da segurança de Águas Lindas.

Mais de 97% da população depende da saúde pública, em Águas Lindas, e a população reclama. Como o senhor pretende enfrentar essa questão?

A saúde é a área mais precária que temos. Para se ter uma ideia, não nasce uma criança e não se faz uma cirurgia na cidade há mais de 10 anos. O hospital municipal parece um posto de saúde e a população, quando procura, não encontra estrutura suficiente para o atendimento.

As pessoas que se deslocam de Águas Lindas para o DF, pagam uma tarifa de ônibus muito alta. Como ajudar a resolver essa questão?

O transporte público interno, além de ser caro, está abandonado e os “piratas” acabaram tomando de conta. No caso do interestadual, que também é caro, perto de R$ 11, a ideia é fazer uma integração, por meio de uma rodoviária que seria feita na saída da cidade, em que a população pagaria somente uma passagem, que custaria cerca de R$ 7 (interestadual) mais R$ 2,75 a municipal. Muitos trabalhadores do DF que moram em Águas Lindas estão perdendo o emprego porque a passagem é muito cara, e os empresários não estão contratando. Tem como organizar, o que falta é gestão.

O orçamento anual é de cerca de R$ 700 milhões. O que o senhor pode fazer de diferente e melhor do que a atual gestão?

Águas Lindas vem sofrendo com muitos escândalos e corrupção. Se fizermos uma gestão enxuta, tenho certeza que os R$ 700 milhões, junto com algumas verbas de parlamentares do Goiás e do governo federal, dá para gente fazer uma gestão muito organizada, em que vamos mexer em todas as áreas e ainda sobrar cerca de R$ 200 milhões para fazer investimentos.

O que seria uma gestão enxuta?

Seria na hora de contratar. As licitações, muitas delas, vêm com a ata pronta. É só ver o escândalo que aconteceu na Cidade Ocidental. Águas Lindas não fica atrás. Temos um mandante, que é o sogro do prefeito, que sempre fica com os maiores contratos, em que se gasta muito e pouco se faz. Sobre a nossa saúde, a OS contratada não faz uma boa gestão e, logo que assumir, farei o distrato e vou entregar a gestão da saúde para a própria secretaria.

E sobre a educação?

Uma colaboradora minha disse que tem um filho que estuda dentro de um contêiner e passa a semana sem ter aula. Fui ver as notas dele, e eram só 10. Fiz algumas perguntas e ele não sabia ler e escrever. A minha colaboradora viu isso e mandou o menino para Brasília, para poder estudar. O que precisamos é de bons gestores, para termos escolas de qualidade e em tempo integral. Também precisamos melhorar as creches, que estão abandonadas. É dinheiro público jogado fora.

E a segurança nas escolas?

No DF, em gestões anteriores, existiam batalhões educacionais. Isso precisa ser feito em Águas Lindas, tendo um policial masculino e outro feminino, para poder cuidar da segurança das escolas. Além disso, é necessário instalar detectores de metal, para que ninguém entre armado. Em Águas Lindas, os professores têm sofrido muito dentro das escolas, por isso, o município tem que ajudar, para que eles se sintam mais seguros e possam dar uma educação melhor para as crianças da cidade. Meu maior projeto é colocar adolescentes, a partir dos 15 anos, para fazer curso profissional no turno oposto ao que estuda. Já faço isso nas escolas particulares que tenho na cidade.

Considerações finais

Quero transformar a cidade de Águas Lindas. Eu e minha vice, Alessandra, demos 30 mil cursos profissionalizantes na área da saúde, da segurança, administrativa e da tecnologia. Mais de 20 mil alunos que passaram por eles estão trabalhando e mais de 1 mil se tornaram empreendedores. Quero trazer um polo industrial para Águas Lindas, que vai gerar entre 20 mil e 40 mil empregos. Tenho certeza de que isso dá certo, pois tenho empresas, em outras cidades, que estão faltando mão de obra, coisa que sobra nas cidades do Entorno, principalmente Águas Lindas.

O senhor consegue trazer esse polo industrial em quatro anos?

Com certeza. O prefeito atual, para poder ganhar, lançou uma pedra fundamental que traria 2 mil empregos da China. Passei pelo local e vi que a pedra foi roubada e não existe nenhum chinês. Eu, por ter feito isso em outros locais, tenho experiência na área. Como prefeito e gestor, trarei muitas empresas brasileiras para Águas Lindas, podem ter certeza disso. Conversando com alguns empresários, deixei claro que a cidade terá uma mão de obra treinada e qualificada.

Quem é, de onde veio e qual

a sua relação com a política

de Águas Lindas e de todo o estado de Goiás?

Eu me chamo Klaus Paz de Albuquerque, doutor Klaus por formação e “pazlhaço” pelo prazer. Sou professor, mas sou brincante. Sou trabalhador, sou de Águas Lindas e sou nordestino. Gosto e quero participar da vida política, porque ela transforma todo o nosso cotidiano, dentro de casa, no trabalho e na rua. Como palhaço, quero a alegria das pessoas, então, essa foi a minha inspiração. Mais do que um palhaço, quero ser um administrador, para a alegria se espalhar por Águas Lindas.

Águas Lindas está entre as 150 cidades mais violentas do Brasil. Qual a sua proposta para a segurança pública?

São muitas propostas, mas vou dizer que a segurança pública, assim como todas as outras coisas, está conectada com a educação, a saúde, a iluminação, o saneamento básico, as ruas bem pavimentadas e a mobilidade. Se não houver essa integração e pensar a segurança pública de forma isolada, não teremos uma efetividade. Tudo tem que estar conectado e muito bem trabalhado.

Mais de 97% da população depende da saúde pública, em Águas Lindas, e a população reclama. Como o senhor pretende enfrentar essa questão?

A educação e a saúde devem andar juntas. Tenho muitas propostas e, uma delas, é criar os palhaços curadores. A população, inclusive eu, que vou ao hospital público, se sente mal acolhida. A ideia é trazer os palhaços como um símbolo de acolhimento. E não só eles, vamos trabalhar de uma forma muito mais sistêmica. A ideia é que os palhaços curadores tragam empatia e acolhimento.

O senhor considera que, em Águas Lindas, há uma esquerda que vai conseguir elegê-lo?

Desde que me entendo como ser político, me identifico como de esquerda, pois ela quer o melhor para todas as pessoas, mais urgentemente para quem está sofrendo mais. Mesmo que tenha outros partidos ditos de esquerda, nós, do PSol, achamos que deveríamos colocar a nossa candidatura, pois ela representa muito mais os anseios da população mais pobre, da classe trabalhadora e das minorias. Em Águas Lindas, somos esquerda, mesmo que outros partidos não estejam conosco.

As pessoas que se deslocam

de Águas Lindas para o DF

pagam uma tarifa de ônibus

muito alta. Como ajudar a

resolver essa questão?

Existe uma grande parte da população de Águas Lindas que precisa de um transporte digno também para se deslocar dentro da cidade, inclusive para pegar o ônibus que vai para o DF. Minha proposta é que, dentro do município, o cidadão não pague nenhum tostão pelo direito de ir e vir. A gente tem esse direito, mas, se precisar de transporte público, precisa pagar para isso. Em Águas Lindas, a tarifa vai ser zero para se deslocar dentro da cidade.

Como o senhor enxerga a política de educação e da segurança nas escolas, em Águas Lindas?

Como disse anteriormente, as coisas devem ser pensadas de forma sistêmica, coordenadas, conectadas e interligadas. A segurança, dentro e fora das escolas, tem que ser pensada junto com educação, saúde e transporte. No caso das escolas municipais, teremos uma preocupação maior. Sou professor e sei muito bem a situação difícil que a classe trabalhadora, dentro da educação, está passando. Não só os professores, mas as merendeiras, o pessoal da limpeza e da segurança.

Como o senhor distingue a sua atuação como palhaço da política? Teme não ser levado a sério?

Primeiramente, quero dizer que palhaço não é sinônimo de coisas ruins. Muita gente utiliza a palavra como se fossem coisas ruins que os políticos fazem. Jamais. Vamos desassociar isso. Palhaços trazem coisas boas. Políticos ruins são outra história. Meu papel é de estar aqui para as pessoas que não confundam palhaço com uma pessoa que não pensa, não reflete, não é capaz de estudar, fazer um mestrado ou doutorado. Palhaço não é sinônimo de burrice e idiotice.

Por que o “doutor”?

As pessoas, realmente, não levam a sério os palhaços. Como tenho um doutorado, quis juntar as duas coisas, tanto para elevar a palhaçaria quanto para não colocar o “doutor” em um pedestal, distante da classe trabalhadora, dos pobres e dos oprimidos. Foi para fazer essa igualdade, o palhaço não é idiota, mas o doutor também não é essas coisas todas.

O que o senhor pretende levar de cultura para Águas Lindas?

Conheço muita gente trabalhadora da cultura de Águas Lindas e fui eleito, agora, para o Conselho Municipal de Cultura. As demandas para o setor são muito grandes, pois a cultura não é levada a sério na cidade. O pessoal do hip hop é um pessoal muito bacana, com um trabalho excelente que, às vezes, não é reconhecido. Os trabalhadores populares, inclusive aqueles que fazem bonecos maravilhosos. Tenho e terei essa preocupação com a nossa classe. Só que vamos ter que misturar isso com a educação, a saúde e a mobilidade.

Considerações finais

Agradeço o convite. Achei importantíssimo termos esse espaço, principalmente nós, da classe trabalhadora e de partidos de esquerda, que não temos muito recurso. Inclusive, é bom dizer que temos apenas R$ 20 mil para trabalhar uma campanha do tamanho que é Águas Lindas. Por isso, peço sua atenção e para que vocês não vejam o palhaço como uma pessoa desprovida de inteligência e de capacidade para administrar a coisa pública. Nós temos. Temos propostas, e não são poucas. Não somos alheios a colocar e pensar de forma bem trabalhada. Pense na alegria. Alegria é coisa boa, para todos nós.

Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política de Águas Lindas e de todo

o estado de Goiás?

Sou nordestino e sou conhecido como Juraci da Tesoura de Ouro. Águas Lindas sempre foi uma cidade que eu sempre gostei, desde os anos 80, quando era camelô e feirante de rua. Nos dias da minha folga, ia comer galinha caipira e jogar bola na cidade. Sempre me identifiquei muito com Águas Lindas e, por isso, coloquei meu nome à disposição. Não era candidato, e o PSD logo me convidou.

Águas Lindas está entre as 150 cidades mais violentas do Brasil. Qual a sua proposta para a segurança pública?

A cidade, hoje, é muito violenta pelo fato de não ter muitos policiais militares. Além disso, só existem guardas patrimoniais, que não ajudam muito. Por isso, precisamos de uma polícia municipal, colocar monitoramento, além de contratar empresas de segurança para ajudar a Polícia Militar a vigiar os patrimônios e a ajudar a população, principalmente os jovens, que estão sofrendo muito porque a segurança é muito precária. Podem ter certeza de que vamos cuidar da segurança de Águas Lindas.

Mais de 97% da população depende da saúde pública, em Águas Lindas, e a população reclama. Como o senhor pretende enfrentar essa questão?

A saúde é a área mais precária que temos. Para se ter uma ideia, não nasce uma criança e não se faz uma cirurgia na cidade há mais de 10 anos. O hospital municipal parece um posto de saúde e a população, quando procura, não encontra estrutura suficiente para o atendimento.

As pessoas que se deslocam de Águas Lindas para o DF, pagam uma tarifa de ônibus muito alta. Como ajudar a resolver essa questão?

O transporte público interno, além de ser caro, está abandonado e os “piratas” acabaram tomando de conta. No caso do interestadual, que também é caro, perto de R$ 11, a ideia é fazer uma integração, por meio de uma rodoviária que seria feita na saída da cidade, em que a população pagaria somente uma passagem, que custaria cerca de R$ 7 (interestadual) mais R$ 2,75 a municipal. Muitos trabalhadores do DF que moram em Águas Lindas estão perdendo o emprego porque a passagem é muito cara, e os empresários não estão contratando. Tem como organizar, o que falta é gestão.

O orçamento anual é de cerca de R$ 700 milhões. O que o senhor pode fazer de diferente e melhor do que a atual gestão?

Águas Lindas vem sofrendo com muitos escândalos e corrupção. Se fizermos uma gestão enxuta, tenho certeza que os R$ 700 milhões, junto com algumas verbas de parlamentares do Goiás e do governo federal, dá para gente fazer uma gestão muito organizada, em que vamos mexer em todas as áreas e ainda sobrar cerca de R$ 200 milhões para fazer investimentos.

O que seria uma gestão enxuta?

Seria na hora de contratar. As licitações, muitas delas, vêm com a ata pronta. É só ver o escândalo que aconteceu na Cidade Ocidental. Águas Lindas não fica atrás. Temos um mandante, que é o sogro do prefeito, que sempre fica com os maiores contratos, em que se gasta muito e pouco se faz. Sobre a nossa saúde, a OS contratada não faz uma boa gestão e, logo que assumir, farei o distrato e vou entregar a gestão da saúde para a própria secretaria.

E sobre a educação?

Uma colaboradora minha disse que tem um filho que estuda dentro de um contêiner e passa a semana sem ter aula. Fui ver as notas dele, e eram só 10. Fiz algumas perguntas e ele não sabia ler e escrever. A minha viu isso e mandou o menino para Brasília, para poder estudar. O que precisamos é de bons gestores, para termos escolas de qualidade e em tempo integral. Também precisamos melhorar as creches, que estão abandonadas. É dinheiro público jogado fora.

E a segurança nas escolas?

No DF, em gestões anteriores, existiam batalhões educacionais. Isso precisa ser feito em Águas Lindas, tendo um policial masculino e outro feminino, para poder cuidar da segurança das escolas. Além disso, é necessário instalar detectores de metal, para que ninguém entre armado. Em Águas Lindas, os professores têm sofrido muito dentro das escolas, por isso, o município tem que ajudar, para que eles se sintam mais seguros e possam dar uma educação melhor para as crianças da cidade. Meu maior projeto é colocar adolescentes, a partir dos 15 anos, para fazer curso profissional no turno oposto ao que estuda. Já faço isso nas escolas particulares que tenho na cidade.

Considerações finais

Quero transformar a cidade de Águas Lindas. Eu e minha vice, Alessandra, demos 30 mil cursos profissionalizantes na área da saúde, da segurança, administrativa e da tecnologia. Mais de 20 mil alunos que passaram por eles estão trabalhando e mais de 1 mil se tornaram empreendedores. Quero trazer um polo industrial para Águas Lindas, que vai gerar entre 20 mil e 40 mil empregos. Tenho certeza de que isso dá certo, pois tenho empresas, em outras cidades, que estão faltando mão de obra, coisa que sobra nas cidades do Entorno, principalmente Águas Lindas.

O senhor consegue trazer esse polo industrial em quatro anos?

Com certeza. O prefeito atual, para poder ganhar, lançou uma pedra fundamental que traria 2 mil empregos da China. Passei pelo local e vi que a pedra foi roubada e não existe nenhum chinês. Eu, por ter feito isso em outros locais, tenho experiência na área. Como prefeito e gestor, trarei muitas empresas brasileiras para Águas Lindas, podem ter certeza disso. Conversando com alguns empresários, deixei claro que a cidade terá uma mão de obra treinada e qualificada.

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9 set

As lições de Japão e Nova Zelândia para reconstrução após desastre no Rio Grande do Sul

Em tempos de mudanças climáticas cada vez mais radicais e perigosas, o planejamento urbano e regional é uma estratégia essencial para o desenvolvimento sustentável e a resiliência de territórios.

No Rio Grande do Sul, os impactos devastadores das inundações ainda são sentidos pela população, demonstrando fragilidades estruturais, falta de preparo adequado e a urgência de um planejamento que vá além da resposta emergencial.

A saída para isso é complexa, mas exemplos não faltam, vindos de países e cidades que se desenvolveram sobre terrenos historicamente sujeitos a desastres naturais.

Tóquio e Christchurch, onde planejamento é a palavra-chave

A importância do planejamento reside na sua capacidade de orientar o crescimento ordenado das cidades, integrar diferentes setores econômicos e sociais e promover a inclusão e a equidade.

No contexto atual do Rio Grande do Sul, onde a reconstrução é inevitável, o planejamento deve ser visto como um processo para transformar a crise em uma oportunidade de inovação e sustentabilidade.

Tóquio, por exemplo, devido à sua localização geopolítica em uma região altamente sísmica e densamente povoada, poderia facilmente ter enfrentado enormes desafios de desenvolvimento urbano.

No entanto, a cidade transformou essas potenciais fraquezas em forças por meio de um planejamento urbano estratégico e do uso de tecnologias avançadas.

Com uma abordagem que integra resiliência e inovação, Tóquio adotou sistemas de construção altamente resistentes a terremotos, utilizando engenharia de ponta para garantir a segurança dos edifícios e infraestruturas.

Além disso, a cidade investiu em soluções tecnológicas para melhorar a mobilidade urbana, a gestão de energia e a segurança pública, tornando-se um exemplo de como a combinação de planejamento rigoroso e tecnologia pode criar um ambiente urbano eficiente, seguro e preparado para enfrentar futuros desafios.

Tóquio adotou sistemas de construção altamente resistentes a terremotos, utilizando engenharia de ponta para garantir a segurança dos edifícios e infraestruturas

Outro exemplo notável é a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

Após o devastador terremoto de 2011, a cidade enfrentou a tarefa monumental de se reconstruir quase do zero. Em vez de simplesmente restaurar a cidade como era antes, Christchurch adotou uma abordagem inovadora, focada na inteligência tecnológica e na sustentabilidade.

O novo plano urbano incluiu a criação de espaços verdes, infraestrutura de energia renovável e a implementação de tecnologias que tornaram a cidade mais preparada para enfrentar futuros desastres naturais.

Este exemplo demonstra como um planejamento estratégico e visionário pode não apenas reconstruir, mas transformar uma cidade, aproveitando uma crise como catalisadora para um desenvolvimento mais inteligente e sustentável.

Em um planeta em constante mutação, a proatividade se torna a chave-mestra.

Ao invés do histórico brasileiro em procrastinar o planejamento, é crucial que seja elaborado, urgentemente, o planejamento urbano e regional do Rio Grande do Sul, com equipes especializadas, para a construção e/ou reconstrução dos territórios atingidos, abordando uma série de problemas críticos que historicamente têm sido negligenciados.

Primeiramente, a infraestrutura de drenagem urbana precisa ser reavaliada e modernizada, especialmente em áreas vulneráveis a inundações, como os municípios mais afetados pelas chuvas torrenciais recentes.

Isso inclui a implementação de sistemas de drenagem eficientes, a recuperação de áreas verdes que atuam como zonas de retenção natural de água e a promoção do conceito de “cidade esponja’, onde a água da chuva é coletada e reutilizada localmente para mitigar os impactos das enchentes.

Novos projetos urbanos devem também ser pensados desde o início com critérios de sustentabilidade, priorizando a mobilidade urbana eficiente, o uso de energias renováveis e a construção de moradias adaptadas às mudanças climáticas.

A implementação de tecnologias inteligentes, como redes elétricas inteligentes e sistemas de monitoramento ambiental em tempo real, também deve ser uma prioridade.

Esse planejamento diferenciado exige um rompimento com práticas antiquadas e uma adoção de metodologias inovadoras que privilegiem o bem-estar da população e a sustentabilidade a longo prazo.

Reconstrução com base na ciência

Adiar o planejamento é adiar o desenvolvimento. O Estado e os governos que se recusam a planejar o futuro das cidades nos condenarão à desordem, à ineficiência e à falta de oportunidades.

É hora de conclamar a ciência e os pesquisadores para o planejamento. Exigirá a sinergia e a cooperação de pesquisadores, universidades, governos e a sociedade civil.

A reconstrução das áreas afetadas pelas inundações no Rio Grande do Sul será uma oportunidade para criar novos empregos verdes e impulsionar a economia local de forma justa e inclusiva.

É importante que essa reconstrução seja feita de forma sustentável, utilizando materiais ecológicos e tecnologias inovadoras que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas e a geração de renda para as comunidades afetadas.

Ao investir em planejamento urbano e regional de qualidade, poderemos construir cidades sustentáveis e inteligentes, onde a economia floresce, o meio ambiente é preservado e as comunidades prosperam.

Cidades inteligentes

Uma cidade inteligente é uma área urbana que utiliza tecnologias avançadas para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, aumentar a eficiência dos serviços públicos e promover a sustentabilidade.

Essas cidades são caracterizadas pela integração de sistemas de informação, comunicação e tecnologias da Internet das Coisas (IoT) para coletar e analisar dados em tempo real, permitindo uma gestão mais eficaz dos recursos.

Sistemas inteligentes de transporte podem otimizar o fluxo de tráfego e reduzir congestionamentos, enquanto redes elétricas inteligentes podem equilibrar a demanda de energia e promover o uso de fontes renováveis.

Além disso, a participação cidadã é incentivada por meio de plataformas digitais que facilitam a comunicação entre os residentes e o governo local.

As cidades inteligentes se diferenciam das tradicionais por sua abordagem proativa na resolução de problemas urbanos e pela capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças e desafios.

Enquanto as cidades tradicionais tendem a responder reativamente às crises, as cidades inteligentes utilizam dados e tecnologia para antecipar e mitigar problemas antes que eles se agravem.

Mudanças na cidade e no campo

Para além das cidades, o planejamento da infraestrutura das áreas rurais é de suma importância, como estradas, pontes, armazenamento de grãos e acesso à internet, para facilitar o escoamento da produção e a integração das áreas rurais com as cidades; bem como o desenvolvimento do turismo rural, valorizando a cultura e a gastronomia local, gerando renda e oportunidades para as comunidades rurais.

Importa um planejamento que fortaleça a agricultura familiar, oferecendo crédito, assistência técnica e infraestrutura para que os pequenos agricultores possam aumentar sua produtividade e renda.

O planejamento e o desenvolvimento sustentável, que respeita o meio ambiente e o bem-estar animal, garantirá a qualidade dos produtos e o aumento da competitividade do mercado agropecuário brasileiro.

É essencial ainda a criação de políticas públicas que promovam a diversificação da produção agrícola, permitindo que os pequenos agricultores explorem novos mercados e se tornem mais adaptáveis às mudanças climáticas e às oscilações do mercado.

Incentivar práticas agroecológicas e a adoção de tecnologias sustentáveis são passos fundamentais para garantir a preservação do solo, da água e da biodiversidade, ao mesmo tempo que se aumenta a produtividade e a qualidade dos alimentos produzidos.

O apoio governamental nesse sentido pode incluir subsídios para a aquisição de tecnologias verdes, programas de capacitação e incentivos fiscais para a adoção de práticas agrícolas sustentáveis.

A criação de redes de cooperação entre agricultores, cooperativas e associações também pode ajudar a compartilhar recursos, conhecimento e a melhorar o acesso a mercados nacionais e internacionais.

Dessa forma, o planejamento urbano e rural se torna um catalisador para o desenvolvimento socioeconômico sustentável, fortalecendo a agricultura familiar e garantindo uma produção mais justa e equilibrada no Brasil.

O eficiente e eficaz planejamento urbano e regional no Rio Grande do Sul poderá ser um exemplo para todo o Brasil e para o mundo ao melhorar ou requalificar os territórios urbanos e rurais. Planejamento para o Rio Grande do Sul, já!

*Maria Alice Nunes Costa é doutora em Planejamento Urbano e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original.

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5 set

Marçal e Bukele se assemelham nos cortes, na narrativa antissistema e até nos bonés

Pablo Marçal é uma colcha de retalhos. Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, o influenciador agrega características de diferentes líderes populistas do século 21 para avançar sobre o eleitorado desiludido com a política tradicional.

Um pouco do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um pouco do argentino Javier Milei. Mas é com o presidente salvadorenho Nayib Bukele, com quem deve se encontrar nesta semana segundo mostrou a coluna Mônica Bergamo, que mais semelhanças se acumulam.

A começar pelo boné. O apetrecho se tornou marca registrada do líder de El Salvador, que chegou à Presidência em 2019. Já Marçal tem usado em debates e agendas um boné azul com a inicial M, que logo passou a ser vendido na internet.

É verdade que, conforme os anos se passaram e Bukele foi lançando mão de uma série de medidas autoritárias, ele deixou o acessório de lado e adotou um estilo mais sério e sisudo. Mas, na primeira campanha presidencial, o item cumpria uma função mais do que estética, assim como para Marçal.

O boné fazia parte do marketing do salvadorenho, que se apresentou ao eleitor como um “outsider”, um empresário “descolado” que não seguiria as regras da política tradicional. “Sim, eu sei: ‘o prefeito não deveria aparecer de boné em uma coletiva de imprensa’, ‘as meias não combinam com as calças’…”, escreveu ele na legenda de uma foto em 2016.

Bukele se elegeu presidente em meio a denúncias de corrupção e ao desgaste dos dois principais partidos que se revezaram no poder em El Salvador por 30 anos: o FLMN, de esquerda, e o Arena, de direita.

Publicitário, apostou numa estratégia de marketing que fez com que os partidos tradicionais parecessem ultrapassados. Assim como Marçal faz hoje, adotou um discurso populista e se vendeu como um jovem irreverente, um representante da nova política que tinha uma ideia original para o futuro.

Em 2015, quando concorria para a prefeitura da capital San Salvador, Bukele defendeu que os eleitores votassem em pessoas com “zero experiência política”, mas que tivessem bagagem na área empresarial.

“Gente que quer mudar o país. Se vamos eleger por experiência política, não podemos nos queixar da realidade, porque estamos votando nos mesmos de sempre.”

De maneira semelhante, em um vídeo que circula nas redes, Marçal se refere a si próprio como “uma liderança nova que está levantando”. “Meu desejo é que brasileiros com resultado na vida privada vão para a política”, disse.

Assim, Marçal se aproveita da mesma onda antissistema que elegeu Bolsonaro em 2018, após uma década de desencanto e desconfiança em relação à política pós-Operação Lava Jato.

Tanto o influenciador quando Bukele evitam responder se são de esquerda ou de direita, deixando as portas abertas para ajustar o discurso conforme o momento político. Já usaram, inclusive, o mesmo argumento para não fazê-lo. Em entrevista à revista Time ao fim de agosto, o salvadorenho afirmou que não há nenhum sentido em adotar uma divisão arcaica que nasceu com a Revolução Francesa.

Apesar de hoje buscar o voto bolsonarista por entender que essa é a maneira de chegar ao segundo turno, Marçal já inventou que é “governalista” para não se definir ideologicamente e já tratou Lula e Bolsonaro como duas faces da velha política.

Na mesma linha de Bukele, afirmou em 2022 ao goiano jornal Opção: “Essa forma de enxergar a política remonta o final do século 18 e está ultrapassada. Querem nos fazer aceitar isso como uma verdade inescusável da luta entre jacobinos e girondinos.”

Da mesma forma que o salvadorenho lapidou sua imagem como o CEO de El Salvador, Marçal também usa o sucesso no ramo empresarial como uma cartada para chegar à prefeitura. Se a riqueza e o estilo de vida luxuoso de parte dos políticos tradicionais é frequentemente vista com desconfiança ou irritação pelo eleitor, os dois são admirados exatamente por isso. Enquanto Bukele é herdeiro das empresas da família, Marçal diz ter enriquecido com seus cursos e mentorias.

Em 2023 esta repórter esteve em El Salvador para produzir um dos episódios do podcast Autoritários, publicado pela Folha. Na ocasião, o jornalista salvadorenho Nelson Rauda explicou a adoração em torno de Bukele, que funciona para entender também a excitação com a figura de Marçal.

“É curioso porque muito do que se critica em relação a muitos políticos, como o uso de caminhonetes, o luxo, os helicópteros e tudo isso, passou a ser visto como um êxito, uma coisa aspiracional”, disse Rauda. “Ou seja, o salvadorenho quer ser como ele [Bukele], quer mandar pelo Twitter, quer ser popular, quer ser ‘cool’, quer ter dinheiro, quer discutir com todo mundo, quer ser o macho salvadorenho.”

Bukele e Marçal também se colocam como figuras inventivas, que têm ideias novas para a gestão pública –seja adotar o bitcoin como moeda oficial ou construir um teleférico como solução para o problema da mobilidade na periferia.

Os dois se valem de um amplo engajamento digital e surfam nos cortes, vídeos de curta duração que viralizam nas redes. Ambos têm alta penetração entre os jovens e ganharam espaço com a reprodução de memes favoráveis a eles.

Viralizam inclusive de forma semelhante, com frequência dando respostas ríspidas a jornalistas ou adversários. Os vídeos são cortados para fazer parecer que Bukele ou Marçal deram uma resposta que deixou o interlocutor sem reação, desconstruindo com firmeza a crítica ou questionamento feito a eles.

Com falas agressivas e sarcásticas, os dois fazem da irreverência e da impulsividade sua marca. Em meio a acusações de que minava a democracia em El Salvador, por exemplo, Bukele atualizou sua biografia no Twitter para “O ditador mais cool do mundo”.

Ativando valores da masculinidade tradicional, ambos também se vendem como homens de pulso firme, capazes de tomar uma decisão e ir até o final. “É só me dar uma caneta Bic e um mandato que eu resolvo. Por que não podemos fazer um [prédio] de mil metros?”, disse Marçal sobre críticas a uma de suas propostas de execução questionável.

No caso de Bukele, chamou a atenção que no início do governo ele tenha ordenado pelo Twitter uma série de demissões, viralizando a hashtag “SeLeOrdena” (“Você é obrigado a”).

Ambos se assemelham até nas acusações de vínculos com o crime organizado. Em setembro de 2020, o El Faro, principal jornal investigativo da América Central, noticiou com base em informes de inteligência penitenciária que Bukele havia feito um pacto com a MS-13, a maior gangue do país, para reduzir o número de homicídios em troca de benefícios e regalias.

Já Marçal tem sido questionado por supostos vínculos de aliados com a facção PCC. A Folha revelou um áudio no qual o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, afirma ter ligação com o grupo criminoso.

Bukele começou a carreira política como prefeito de uma pequena cidade próxima da capital. Sete anos depois, eleito presidente, passou a ser acusado de violar garantias constitucionais e sufocar o sistema de freios e contrapesos. Se eleito prefeito da cidade mais populosa do país, Marçal terá em mãos um trampolim ainda mais potente para suas aspirações presidenciais.

2 set

Visão do Correio: Mobilidade urbana e qualidade de vida

A mobilidade urbana ocupa, cada vez mais, lugar significativo no cotidiano das pessoas, sendo um aspecto determinante para a qualidade de vida. Nesse cenário, ela se impõe como um desafio no mundo e no Brasil, que vem experimentando uma rápida expansão dos municípios. Definida como as condições que viabilizam a circulação dos cidadãos, das mercadorias e das cargas nas cidades, é um indicador de bem-estar social e também de desenvolvimento econômico.

Diante disso, a mobilidade urbana é parte fundamental da elaboração de planos governamentais e deve ser encarada em todos os níveis de administração. A garantia da infraestrutura necessária para o deslocamento e a criação de normas de conduta são ações que devem ser pensadas de forma abrangente e conjunta pelos atores do processo.

A dinamização dos espaços compartilhados e o acesso aos serviços dependem da mobilidade urbana. A impossibilidade desse alcance por parte de qualquer parcela das populações – independentemente de sua abrangência em relação ao todo – é uma desigualdade a ser combatida.

O mau planejamento causa diversos empecilhos para o dia a dia, como a lentidão no trânsito, os congestionamentos e os atrasos em compromissos. Uma circulação confusa e difícil ainda pesa no agravamento dos níveis de estresse dos moradores, além de elevar as poluições sonora e atmosférica.

No país, a questão da mobilidade urbana se apresenta desde o começo do incremento do fluxo migratório em direção às cidades, a partir da segunda metade do século XX. Com o passar dos anos, soluções foram aplicadas para dar conta da demanda. Porém, novas situações da atualidade exigem atenção, como a ampliação do número de veículos particulares nas vias. Ao mesmo tempo, as dificuldades que os grandes municípios brasileiros têm para investir em alternativas coletivas precisam ser encaradas.

Sistemas de transporte público com cobertura extensa e eficiente são o único caminho possível para resolver os problemas da mobilidade urbana no Brasil na atualidade. Estudos e debates são realizados, mas as propostas viáveis precisam sair dos fóruns e ir para a prática. O gargalo diário interfere negativamente, de diversas formas, nas tarefas das pessoas.

É essencial, também, que os agentes pensem uma mobilidade urbana sustentável, totalmente aliada à preservação do meio ambiente. A acessibilidade dos lugares, respeitando necessidades específicas, deve ser contemplada.

A diversificação dos modais oferecidos (metrôs, ônibus, bicicletas, carros e outros) e a integração entre eles são um passo essencial. Em algumas conjunturas, a flexibilização dos horários das atividades e serviços urbanos pode contribuir. A adoção de melhorias nas vias, conferindo maior fluidez, é outro ponto.

Assegurar a mobilidade urbana e tornar as metrópoles mais acessíveis àqueles que a habitam, proporcionando uma melhor qualidade de vida à população, é uma rota que o país ainda está percorrendo. Mas é indispensável acelerar o processo para que as medidas superem os obstáculos o mais rápido possível.

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29 ago

Universitários da América Latina desembarcam no Brasil para a Shell Eco-marathon

O Brasil é, novamente, palco de uma das maiores competições acadêmicas de eficiência energética do mundo: a Shell Eco-marathon. A partir desta quarta-feira (28/8), o Píer Mauá recebe 41 equipes de universidades de cinco países da América Latina — Brasil, Bolívia, Peru, México e Colômbia — para a 7ª edição do evento, que se estende até sexta (30).

Os carros serão avaliados com base em uma inspeção técnica e no desempenho em um circuito de cerca de 10 km, com a menor quantidade possível de combustível ou energia. Os estudantes competem com veículos em três categorias: combustão Interna (gasolina e etanol), bateria elétrica e hidrogênio, que estreou em 2023. A equipe que percorrer a maior distância com o menor consumo será a vencedora.

“O Shell Eco-marathon é um programa que temos implementado desde 1985 em todo o mundo para inspirar a próxima geração de engenheiros a aprender sobre eficiência energética e a desenvolver a mobilidade do futuro. É uma plataforma onde os futuros líderes da ciência, tecnologia e engenharia podem testar as suas ideias, a sua engenhosidade e encontrar soluções”, afirma Norman Koch, gerente-geral da Global da Shell Eco-marathon.

Norman Koch, Gerente Geral Global da Shell Eco-marathon

A primeira competição da série foi feita na França e, depois, foi espalhando-se pelo mundo. Em 2016, foi realizada uma edição especial brasileira em São Paulo, e, desde 2017, o evento é organizado no Rio de Janeiro. “A razão pela qual nos mudamos para o Brasil é que tínhamos um interesse tão grande neste país, e, na verdade, também na América do Sul, porque você vê equipes de cinco países diferentes aqui, que dissemos que valia a pena ter um evento próprio. É um longo caminho”, explica Norman, que revela que, em 1º de setembro, será lançada a temporada de 2025.

A equipe Milhagem, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é uma das concorrentes na Shell Eco-marathon 2024. O grupo, que já conquistou três títulos na competição, em 2019, 2022 e 2023, com o UFMG Elétrico, alcançou a marca de 367 km/kWh na última competição na categoria de bateria elétrica e está confiante em quebrar mais um recorde este ano.

Guilherme Boaventura, 18 anos, integra a equipe Milhagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Guilherme Boaventura, 18 anos, integrante da equipe, diz que a competição oferece uma oportunidade valiosa para aplicar na prática o conhecimento adquirido na universidade. “Para mim, essa competição é uma chance incrível de aprender e de colocar em prática muito do que estudamos na faculdade”, afirma.

Este ano, a equipe participa com dois modelos: um protótipo elétrico, tricampeão em edições anteriores, e um novo conceito Urbano, que faz sua estreia na competição. Os primeiros testes foram realizados nesta quarta-feira (28/8).

“Nós estamos muito animados para ver o que vai acontecer este ano, seja quebrando mais um recorde ou conquistando uma boa marca com nossos protótipos”, acrescenta Guilherme, destacando que a equipe tem até o final do dia de amanhã (29) para concluir a inspeção técnica e colocar o novo modelo na pista.

Gabriel Paulista, de 21 anos, é CEO da equipe “Pata a Jato” da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco

Gabriel Paulista, de 21 anos, é CEO da equipe Pata a Jato, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Pato Branco. Ele e o time estão participando da Shell Eco-marathon com seu veículo, o Popygua, que detém o recorde latino-americano de eficiência com 767 km por litro de etanol.

Sobre o trabalho da equipe, Gabriel Paulista afirma: “Este ano foi desafiador, mas conseguimos bater nosso próprio recorde em um teste do carro. O Popygua foi construído com base em pesquisas e estudos constantes, e fazemos melhorias contínuas, incluindo atualizações na estrutura e no motor, para maximizar a eficiência e o desempenho do veículo”, detalha.

A Shell Eco-Marathon é uma competição internacional organizada pela Shell que desafia equipes de estudantes a projetar, construir e testar veículos altamente eficientes em termos de consumo de energia. Diferente de corridas tradicionais, o foco não está na velocidade, mas, sim, na eficiência energética e na sustentabilidade. Além disso, oferece uma plataforma para que estudantes apliquem seus conhecimentos técnicos em um ambiente prático e competitivo, estimulando a criatividade e a inovação.

Nesta edição, Minas Gerais se destaca com o maior número de equipes inscritas, totalizando 10. O Paraná terá nove equipes na competição, seguido por São Paulo, com cinco, e o Rio de Janeiro, com duas. Santa Catarina e Rio Grande do Sul participarão com três equipes cada, enquanto o Maranhão será representado por uma equipe. Entre os países da América Latina, oito equipes estarão competindo: três do México, duas da Colômbia, duas do Peru e uma da Bolívia.

Em 2023, a Drop Team, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, campus Erechim, estabeleceu um recorde de 716 km/litro na categoria combustão interna, enquanto a ARMAC Milhagem, da Universidade Federal de Minas Gerais, alcançou 367 km/kWh na categoria bateria elétrica.

A diferença entre os protótipos e os veículos conceito urbano envolve tanto o foco dos projetos quanto a aplicação das tecnologias desenvolvidas. A classe protótipo é voltada para a maximização da eficiência energética, com veículos projetados para serem o mais eficientes possível em termos de consumo de energia. Esses carros são construídos com as especificações técnicas essenciais, como tamanho, rodas, eixos e sistemas de direção e travamento, mas com pouca preocupação com o conforto do piloto ou com a aparência do veículo.

Já a classe conceito urbano tem como objetivo replicar a funcionalidade de um carro comum, tornando o projeto mais complexo e abrangente. Além das especificações técnicas básicas, como dimensões e rodas, são levados em consideração aspectos como iluminação e desempenho em condições adversas, como pistas molhadas. Essa classe exige maior conformidade com regulamentações detalhadas, especialmente em relação a pneus e rodas.

Este ano, a categoria conceito urbano – semelhante aos carros comerciais, mas com alta eficiência energética – aumentou, com seis equipes competindo: três com veículos elétricos, uma com hidrogênio e duas com combustão interna.

Antes de entrarem na pista, os carros participantes passam por uma rigorosa inspeção técnica. Os veículos serão submetidos a uma série de testes para assegurar que estão em total conformidade com o regulamento da competição. Entre os itens verificados estão o sistema de freios, a parte elétrica, a pesagem do carro, o peso dos pilotos e outros aspectos essenciais para a segurança e o desempenho na corrida. Vale destacar que alguns carros podem ser desclassificados durante essa inspeção, ficando impedidos de competir.

*Estagiário sob supervisão de Marina Rodrigues

*Matéria em atualização.

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28 ago

Porto Maravilha recebe primeiros moradores de novos residenciais: ‘É uma grande emoção´, diz proprietária

Nesta terça-feira, o residencial Rio Wonder, localizado no Santo Cristo, iniciou a entrega das chaves do bloco Praia Formosa a seus moradores. Com 470 unidades, este é o primeiro empreendimento residencial da região, entre os 12 em construção desde 2021, que já totalizam 9.129 unidades habitacionais. A Zona Portuária deverá receber mais de 27 mil novos moradores nos próximos anos, representando um aumento de 90% na população do Porto Maravilha.

O edifício Praia Formosa recebeu o habite-se, documento que atesta a conclusão da construção e sua conformidade com as normas vigentes. Todas as unidades do Praia Formosa foram vendidas em menos de um mês, replicando o sucesso dos outros edifícios do Rio Wonder, como o Mauá e o Cais do Valongo, que também tiveram suas unidades esgotadas rapidamente e serão os próximos a ser entregues.

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Título: Veja como ficou o Praia Formosa, no Porto do Rio

Subtítulo: O Globo – Rio

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O condomínio tem 20 andares e oferece uma variedade de apartamentos, desde estúdios de 31m² até unidades de dois quartos com suíte de 51m², todas com varanda. As áreas comuns têm salões de festa, academia, quadras de esportes, piscinas, cine open air, food truck e churrasqueira, entre outros serviços.

Melhores condições de vida e mobilidade

O GLOBO conversou com os primeiros proprietários que receberam as chaves de seu novo apartamento no Rio Wonder. Para alguns, a aquisição de um imóvel vai além do aspecto financeiro, sendo a concretização de um sonho e uma busca por qualidade de vida, como é o caso da produtora cultural e cineasta independente Sandra Lima e do servidor público estadual Márcio Bernardes.

— A chave do apartamento é uma grande emoção. A gente está adquirindo um imóvel para nosso descanso na velhice, por conta de toda essa área externa, piscina, lazer, e também porque estamos vindo morar em um lugar com muita mobilidade urbana, onde temos ônibus para todos os lados —explica Márcio, que nasceu e foi criado na região portuária.

A decisão de mudar para o Rio Wonder também incluiu a família de Márcio, que se junta a ele em busca de segurança e melhores condições de vida.

— Se eu quiser viajar sem carro, eu posso pegar um ônibus para qualquer lugar e a flexibilidade também do Terminal Gentileza pode me levar para vários lugares do Rio de Janeiro. Então esse apartamento ele traz tranquilidade para a nossa velhice — explica a cineasta.

A paixão do casal pelo Rio de Janeiro transparece em seu canal no YouTube, “Porto maravilha RJ”, onde compartilha o que há de bom no bairro, desde pontos culturais e comércio local até serviços essenciais e informações sobre os novos empreendimentos na Zona Portuária. Para eles, viver no Porto Maravilha é a realização de um sonho.

Outro novo morador do Rio Wonder, Victor Meirelles, artista e pesquisador do Instituto de Psicologia e Psiquiatria da UFRJ, também comemora a conquista de seu primeiro imóvel:

— É um sonho, tendo em vista que eu sou um homem preto. Sou cria do Complexo de Favelas da Coreia, na Zona Oeste do Rio, em Senador Camará. Então, para quem é da comunidade, para quem é da favela, comprar um primeiro imóvel é um sonho. Meu primeiro imóvel é no Centro do Rio de Janeiro. É um lugar que tem uma efervescência cultural muito grande. Então, para mim, é muito especial.

Desafios financeiros e expectativas para o futuro

Tanto para Sandra e Márcio quanto para Victor, a conquista do apartamento no Rio Wonder foi marcada por desafios financeiros significativos.

— Se não fosse a compra na planta, hoje seria inviável para nós adquirir esse imóvel. Inicialmente, não teríamos condições de comprar — destaca Márcio. — Hoje em dia, se você for ver um apartamento desse aqui, praticamente dobrou o valor.

Entretanto, o processo de financiamento não foi simples. Victor menciona que, como artista, a irregularidade na renda foi um obstáculo na hora de comprovar a capacidade financeira para adquirir o imóvel.

— Eu poderia dizer que foi o preço que me levou a investir aqui, mas não tanto quanto a localização, porque é um imóvel que é do lado da rodoviária, onde tem movimentação, o Boulevard Olímpico e toda essa área cultural — explica ele.

A aprovação do crédito foi um momento crucial para Victor, que se surpreendeu ao ver sua ficha ser aprovada, apesar das dificuldades inerentes à sua carreira. Com as chaves em mãos, Victor vê no novo imóvel uma oportunidade de investimento. Ele considera a proximidade com pontos turísticos como o Cristo Redentor, o AquaRio e os museus uma vantagem estratégica para alugar o apartamento por temporada.

— É um investimento bem legal, e acho que pode ser uma boa opção para quem está comprando aqui. É uma forma de ganhar uma graninha —diz.

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27 ago

Eleições 2024: Conheça as propostas de governo dos candidatos às prefeituras de Araraquara e São Carlos

O g1 fez um breve resumo das propostas apresentadas pelos candidatos a prefeito das cidades de Araraquara e São Carlos (SP), presentes nos seus planos de governo.

Foram destacadas 10 ideias de cada candidato. A lista está em ordem alfabética de acordo com o nome do candidato apresentado na urna . Confira abaixo:

Araraquara

Araraquara

Doutor Marcos Garrido (PSD)

O seu plano de governo tem 9 páginas.

Entre as propostas para saúde, educação, segurança pública, desenvolvimento social, esporte e lazer, cultura, desenvolvimento econômico, sustentabilidade ambiental, mobilidade urbana, reforma administrativa e habitação, estão:

construção de um hospital especializado em procedimentos médicos de baixa e pequena complexidade;

assegurar merenda escolar de qualidade e com acompanhamento nutricional, para evitar déficits nutritivos e assegurar melhoria na aprendizagem;

ampliação do número de locais com monitoramento por câmeras em tempo real e 24 horas por dia;

cadastrar e monitorar os moradores de rua e pessoas em situação de rua, proporcionando aos mesmos atendimentos com acesso aos serviços sociais como bolsa-família e cursos e capacitação educação e profissional, proporcionando serviços de retirada ou 2ª via de documentos pessoais e profissionais;

implantar novas academias ao ar livre em diversos pontos, com manutenção preventiva e corretiva e criação de programas para prática de atividades físicas regulares nesses locais sob a supervisão de um profissional de educação física;

valorização dos artistas locais com criação e atualização de banco de dados e suporte para acesso a incentivos governamentais e produção de projetos para essa finalidade;

criação de programas para incentivo ao empreendedorismo e inovação;

criação de programa de prevenção de desastres naturais e ações de contingenciamento para minimização de impactos de eventos imprevisíveis das forças da natureza;

exigência de que todos os veículos possuam rampa para acesso de cadeirantes;

criação de Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS), com estudo de impacto nas áreas de construção de moradias populares, entorno e adjacências na infraestrutura e mobilidade urbanas, impacto ambiental, impacto socioeconômico e nos serviços públicos existentes em referidas áreas (saúde, educação, assistência social, lazer, segurança).

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Dr. Lapena (PL)

O seu plano de governo tem 11 páginas.

Entre as propostas para gestão administrativa fiscal, saúde, educação, segurança pública, desenvolvimento social, mobilidade urbana, desenvolvimento econômico, ciência, tecnologia e inovação, meio ambiente, agricultura e esporte e cultura, estão:

reforma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs): melhorar infraestrutura e operações;

criação de creches noturnas em parcerias público-privadas;

combate à criminalidade com sistemas de inteligência e monitoramento;

ampliação do atendimento do restaurante popular itinerante nos bairros com a população mais vulnerável;

implantação de semáforos inteligentes com sonoridade para inclusão social;

incentivar micro e pequenos empreendedores, bem como, simplificar abertura de empresas e incentivar a participação popular;

promover o ecossistema de inovação;

levar solução efetiva para problemas de falta d’água;

tornar Araraquara um polo esportivo;

revitalizar a Facira e organizar feiras do agronegócio.

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Eliana Honain (PT)

O seu plano de governo tem 14 páginas.

Entre as propostas para desenvolvimento econômico e social, saúde, educação, segurança, esporte, cultura, diversidade, geração de emprego e renda, mobilidade urbana, bem-estar animal e meio ambiente, estão:

ampliar a cobertura da Atenção Básica para 100% do município;

fortalecer a política de apoio, orientação e reinserção social dos egressos do sistema prisional;

garantir o acesso e a permanência de 100% de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos nas etapas e modalidades de educação básica da rede municipal;

incrementar gradualmente o orçamento municipal destinado à cultura;

fomento do campeonato feminino amador;

implementar a Patrulha Maria da Penha por meio do uso crescente da tecnologia em políticas públicas de segurança pública;

aderir ao Programa Nacional da Saúde da População Negra e da Saúde da Mulher Negra;

estimular e promover ações para o empreendedorismo LGBTQIA+, qualificando e orientando a população LGBTQIA+ para o trabalho autônomo formal e para o trabalho coletivo, através de políticas públicas de economia social e solidária;

ampliar programa com foco na geração de renda e profissionalização para jovens de 18 a 24 anos com atividade laboral e curso profissionalizante, através de parcerias com SENAC, CIEE, CEPROESC;

fortalecer a Guarda Municipal ampliando seu efetivo e condições infraestruturais de trabalho com foco no trabalho comunitário e preventivo.

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Pedro Tedde (Novo)

O seu plano de governo tem 12 páginas.

Entre as propostas para saúde, educação, segurança, esporte, turismo, assistência social, esporte, cultura, turismo, meio ambiente, mobilidade urbana e geração de emprego, estão:

ampliar o Programa de Saúde da Família, visando à prevenção de doenças;

implementar metodologias de ensino inovadoras e comprovadamente eficazes para criar ambientes escolares motivadores e alinhados com as necessidades do mundo moderno;

trabalhar de forma integrada com as forças de segurança, com o objetivo de identificar e combater os receptadores, com objetivo de prevenir e reduzir os crimes de roubo e furto de fios, cabos elétricos, peças de veículos, dentre outros;

realizar o “Simplifica Araraquara”, um mutirão de desburocratização, com ação conjunta da Prefeitura, Câmara de Vereadores, Ministério Público e o Poder Judiciário para simplificar a vida de quem quer empreender e trabalhar;

reavaliar a quantidade de semáforos existentes na cidade, avaliando o impacto no tempo de deslocamento dos cidadãos;

implementar políticas de uso eficiente da água, incluindo a instalação de sistemas de captação de água da chuva em prédios públicos;

ampliar os programas de segurança alimentar;

trabalhar para atrair eventos esportivos para a cidade;

incentivar a criação de associações culturais formais, com capacidade para atrair patrocínios e outras verbas privadas;

criar e desenvolver um roteiro turístico integrado que valorize tanto o patrimônio material quanto o imaterial da cidade.

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Tiago Pires (PCO)

O seu plano de governo tem 6 páginas.

Entre as propostas para dívida pública, transporte, saneamento básico, moradia, emprego e renda, mobilidade urbana, assistência social, saúde e lazer, estão:

não pagar mais nenhum centavo para os bancos e garantir que o orçamento possa ser investido no desenvolvimento do país e em programas sociais;

estatização do sistema de transporte. A empresa deve garantir que todo o sistema seja integrado e que seja gratuito para toda a população.

os fornecimentos de água e eletricidade e o sistema de esgoto devem ser todos geridos por empresas estatais;

moradia para todos;

a prefeitura deve lançar um programa gigantesco de obras públicas e, com ele, deve focar na criação de muitos empregos;

diminuição do IPTU;

fim das multas. Os problemas de trânsito se resolvem com maior organização da malha urbana e mais transporte público;

criar um programa de subsídio dos alimentos para garantir que qualquer trabalhador tenha a capacidade de comprar suas necessidades básicas;

todo o espaço público urbano deve ser propriedade do município e deve ser colocado a serviço da população;

o serviço de saúde pública deve ser completamente estatal.

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São Carlos

São Carlos

Mário Casale (Novo)

O seu plano de governo tem 48 páginas.

Entre as propostas para desenvolvimento humano e social, gestão pública e bem-estar, sustentabilidade e desenvolvimento econômico, estão:

estruturar programas de formação contínua para qualificar professores e toda a equipe educacional na nova metodologia de ensino;

estimular a economia criativa e o empreendedorismo cultural, oferecendo apoio financeiro e técnico para projetos que gerem impacto econômico e social na comunidade;

desenvolver uma plataforma digital para facilitar a busca e matrícula em atividades esportivas municipais como aulas, treinamentos e eventos, tornando o acesso mais fácil e com transparência em possíveis filas;

ampliar as vagas em abrigos de idosos seja com pagamento integral pela prefeitura ou subsidiado;

promover a empatia, a compreensão e o respeito ao que é diferente desde a educação infantil;

aumentar a quantidade de médicos especialistas disponíveis compatíveis com as necessidades apresentadas;

aumentar drasticamente a quantidade de câmeras de vigilância em locais públicos estratégicos;

investir em programas de formação técnica e profissionalizante focados nas necessidades do setor de tecnologia e de acordo com a demanda do município;

implementar obras para conter a água da chuva dentro de sua bacia 44 hidrográfica, prevenindo o escoamento excessivo e a formação de enchentes;

estabelecer coleta seletiva de 100% de resíduos sólidos na cidade de São Carlos.

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Netto Donato (PP)

O seu plano de governo tem 53 páginas.

Entre as propostas divididas nos pilares social, economia e urbanismo, estão:

programa de Renda Cidadã voltado a dar auxílio finaneiro a cidadãos em situação de vulnerabilidade socioeconômica;

projeto Lazer na Estação que tem como objetivo transformar a Estação Ferroviária em um centro de atividades culturais, de lazer e de convivência para a comunidade;

implementação de uma feira anual voltada para o setor agropecuário, com ênfase na inovação e tecnologia;

oferecer moradia adequada a todas as famílias, utilizando terrenos públicos e parcerias privadas;

programa “Uso Racional da Água” (PURA) para conscientizar e incentivar práticas eficientes de uso da água, promovendo a sustentabilidade e evitando desperdícios;

implementação de unidades móveis para levar serviços de emprego e qualificação a diversas regiões do município, facilitando o acesso aos serviços de emprego e qualificação profissional;

fortalecimento do ecossistema empreendedor por meio de programas e incentivos que apoiam os negócios já existentes e auxiliam no surgimento de novas ideias e startups em São Carlos.

construção de dois ginásios poliesportivos, nas regiões Sul e Leste da cidade;

novas unidades de saúde, telemedicina e horário estendido de atendimento;

implementar a Tarifa Zero nos finais de semana em São Carlos para ampliar a acessibilidade ao transporte público.

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Newton Lima (PT)

O seu plano de governo tem 53 páginas.

Entre as ideias propostas nas áreas da administração pública, desenvolvimento econômico, educação, sustentabilidade, inovação, emprego e renda, cidadania, entre outras, estão:

construção do Centro Cultural São Carlos como espaço multifuncional para diversas atividades culturais acessíveis a todos os segmentos da sociedade;

criação do Observatório do Emprego, em parceria com as universidades;

articular e integrar as feiras da agricultura familiar com os grupos de economia solidária e economia popular, criando um programa unificado de feiras e oferecendo alimentos, produtos e serviços de qualidade e preços acessíveis;

ampliar o atendimento de Tempo Integral na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, conforme previsto no PME;

aumentar o número de cirurgias eletivas, visando diminuir drasticamente as filas de espera;

implantação de novos leitos de Saúde Mental nos dois hospitais públicos da cidade;

estabelecimento de um fluxo de atendimento a mulheres vítimas de violência que evite a sua revitimização e constrangimento;

implementar o programa Patrulha Pet, que envolve a formação de uma patrulha da Guarda Municipal, em conjunto com os fiscais da Defesa Animal, para investigar denúncias de maus-tratos;

implementação da Política Municipal de Arborização Urbana, com inventário e amplo programa de plantio em áreas públicas;

melhoria e ampliação do sistema de alerta de enchentes e prevenção de riscos da Defesa Civil, incorporando resiliência no planejamento e na gestão da cidade.

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